A assinatura de protocolos e parcerias foi a forma encontrada pela CNDHC para contornar os problemas financeiros que têm dificultado a realização de atividades. A presidente Eurídice Mascarenhas garante que a instituição não vai ficar sentada à espera de ter as condições ideais.
A responsável falava à imprensa à margem da 72ª reunião plenária da organização,que teve lugar esta manhã.
“Costumo dizer que estamos num país insular, que tem as suas necessidades, nunca iremos ter recursos suficientes para o que desejamos ou alojamos.Tanto é, que a estratégia que já adotamos é assinar protocolos. Como viram, estamos aqui no espaço da AJOC, porque somos 30, portanto, a plenária, tem 30 comissários mais o staff da própria comissão, portanto, precisamos de espaço, certo? Então, estamos aqui numa parceria. Em que há cedência por parte de um parceiro e estamos a preparar, portanto, a assinatura também de outros protocolos, em que é a via que encontramos, porque nós não podemos parar ou ficar à espera que todas as condições estejam criadas para funcionarmos. Então, temos aqui, portanto, essa perspectiva de que podemos fazer mais procurando a sinergia com outras instituições”, afirmou.
Euridice Mascarenhas afirma que nenhum problema é maior do que o outro. A criação de grupos de trabalho vai permitir atacar todas as frentes, com alertas para novas situações.
No entanto, aponta a melhoria da comunicação como um dos desafios a ser superado. Por essa razão, vai ser trabalhada uma campanha sobre o direito das vítimas.
“Para que também a vítima perceba que estamos para os defender e que também têm os seus direitos, vamos trabalhar numa campanha de informação dos direitos das vítimas, para que as pessoas também possam sentir-se acolhidas e também percebam que temos um número de denúncia, que podem também ter esse apoio nosso”, frisou.
Entre vários pontos, a plenária da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania analisou o actual momento dos direitos humanos em Cabo Verde.