A Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, considera que o combate ao mosquito transmissor de doenças passa pela consciencialização de todos, frisando que este não é um trabalho apenas do Ministério da Saúde.
Posição defendida na manhã desta quinta-feira, na Praia, no acto do lançamento da campanha “Unidu Kontra Moskitu, pa saúde di tudu algen”.
“Eu, em vez de dizer problemas, prefiro dizer desafios. São vários desafios. Nós, neste momento, mais do que nunca, colocamos na agenda o conceito de uma só saúde. Quer dizer que a responsabilidade da segurança sanitária não é exclusivamente do Ministério da Saúde, mas de todos os sectores e de cada cidadão cabo-verdiano, de cada pessoa que reside em Cabo Verde (...) Nós estamos a lançar uma campanha que pode reduzir-se em duas frases. Sem água estagnada, não há mosquitos. Sem mosquitos, não há dengue. Não há doenças vectoriais”, afirmou.
A presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, afirma que há necessidade de se iniciar a campanha antes da época das chuvas, porque muitas vezes é depois da época das chuvas que têm sido notificadas epidemias.
“Então, há necessidade de começar antecipadamente, antes da época das chuvas, todas essas atividades, para que realmente as pessoas possam estar mais preparadas e também reduzir o índice de mosquitos, em Cabo Verde (...). Por trás dessa iniciativa, estão vários aspectos, de entre os quais vamos aproximar da época das chuvas, mas sobretudo porque estamos num país com certificação livre de paludismo, mesmo sabendo que o mosquito que transmite a malária não é o mesmo mosquito que transmite a dengue e tem um comportamento diferente, mas há que fazer uma luta integrada dos dois mosquitos”, frisou.
O representante da PNUD, UNFPA e Unicef em Cabo Verde, David Matern, reforçou o compromisso da organização em continuar a apoiar o país na luta contra os mosquitos transmissores de doenças.
A campanha “Unidu Kontra Moskitu, pa saúde di tudu algen” foi lançada hoje na cidade da Praia.