Anúncio feito hoje pela presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) durante uma conferência de imprensa sobre a preparação da campanha agrícola 2024-2025.
Nora Silva revelou que a luta biológica para o controlo das principais pragas no sequeiro será reforçada com a utilização de novos pesticidas biológicos.
"No que diz respeito aos gafanhotos, estes serão controlados de preferência com NOVACRID, um pesticida à base do fungo Metharizium acridum", afirmou.
Para a lagarta-do-cartucho, a abordagem será aprimorada a abordagem implementada nos anos anteriores, combinando o uso do inimigo natural Trichogramma pretiosum, produzido nas biofábricas do INIDA nas ilhas de Santiago, Santo Antão e Fogo, com dois biopesticidas: Crystal, à base da bactéria Bacillus thuringiensis (BT), e BACULONAT, um novo biopesticida à base de um vírus específico da lagarta-do-cartucho do milho.
"Vamos reativar a rede de armadilhas com feromona sexual para detecção precoce da presença da lagarta-do-cartucho, utilizando os dados de captura para direccionar os locais de libertação de Trichogramma pretiosum. Também vamos apoiar os agricultores na aplicação de biopesticidas, caso seja necessário", explanou.
Outras estratégias incluem o uso de armadilhas com atractivo alimentar, que capturam tanto machos quanto fêmeas, e a introdução de outro parasita do ovo da lagarta-do-cartucho, o Telenomus remus, além de extractos de plantas como pesticidas naturais.
A campanha agrícola 2024-25 está orçada em 44,5 milhões de escudos, valor integralmente suportado pelo orçamento do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).
A presidente do INIDA também aconselhou os agricultores a iniciarem cedo os trabalhos de preparação de terreno e sementeira, aproveitando as primeiras chuvas, e a mobilizarem mão-de-obra jovem para o "djunta-mon", garantindo assim uma melhor produtividade das culturas.