MAA testa três novos métodos para controlo da lagarta-do-cartucho

PorSheilla Ribeiro,21 jun 2024 11:48

O Ministério da Agricultura e Ambiente vai testar, na campanha agrícola deste ano, três novos métodos para o controlo da lagarta-do-cartucho com o apoio de um especialista chinês, no quadro de um projecto tripartido Cabo Verde/China/FAO.

Anúncio feito hoje pela presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) durante uma conferência de imprensa sobre a preparação da campanha agrícola 2024-2025.

Nora Silva revelou que a luta biológica para o controlo das principais pragas no sequeiro será reforçada com a utilização de novos pesticidas biológicos.

"No que diz respeito aos gafanhotos, estes serão controlados de preferência com NOVACRID, um pesticida à base do fungo Metharizium acridum", afirmou.

Para a lagarta-do-cartucho, a abordagem será aprimorada a abordagem implementada nos anos anteriores, combinando o uso do inimigo natural Trichogramma pretiosum, produzido nas biofábricas do INIDA nas ilhas de Santiago, Santo Antão e Fogo, com dois biopesticidas: Crystal, à base da bactéria Bacillus thuringiensis (BT), e BACULONAT, um novo biopesticida à base de um vírus específico da lagarta-do-cartucho do milho.

"Vamos reativar a rede de armadilhas com feromona sexual para detecção precoce da presença da lagarta-do-cartucho, utilizando os dados de captura para direccionar os locais de libertação de Trichogramma pretiosum. Também vamos apoiar os agricultores na aplicação de biopesticidas, caso seja necessário", explanou.

Outras estratégias incluem o uso de armadilhas com atractivo alimentar, que capturam tanto machos quanto fêmeas, e a introdução de outro parasita do ovo da lagarta-do-cartucho, o Telenomus remus, além de extractos de plantas como pesticidas naturais.

A campanha agrícola 2024-25 está orçada em 44,5 milhões de escudos, valor integralmente suportado pelo orçamento do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).

A presidente do INIDA também aconselhou os agricultores a iniciarem cedo os trabalhos de preparação de terreno e sementeira, aproveitando as primeiras chuvas, e a mobilizarem mão-de-obra jovem para o "djunta-mon", garantindo assim uma melhor produtividade das culturas.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,21 jun 2024 11:48

Editado porAndre Amaral  em  20 nov 2024 23:25

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