A declarações foi feita durante a primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, no âmbito do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, que reúne as comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa.
“Este projecto é de uma importância vital para Cabo Verde, na medida em que também a diáspora cabo-verdiana tem esta essencialidade (…). É conhecer todas as suas potencialidades, o que nos permite ter políticas públicas mais concretas e mais assertivas, baseadas em realidades de facto muito próximas daquilo que está efetivamente no terreno. Nós temos o conhecimento aproximado e nós queremos que o nosso conhecimento seja o mais próximo possível da realidade da diáspora”, frisou.
Para Eurico Monteiro, para falar da essencialidade da diáspora cabo-verdiana, implica “razoavelmente” conhecê-la em termos quantitativos e qualitativos.
O que o país tem realmente, o que representa, quais são os seus valores, quais são as suas mais valias e o contributo que “realmente dão e podem ainda dar mais para Cabo Verde”.
Sobre a escolha de Portugal para a realização desta mesa redonda que marca o arranque do projecto, o embaixador encontra a explicação no facto de existir neste país europeu uma das maiores comunidades cabo-verdianas no mundo.
“Hoje se diz que os Estados Unidos é a maior comunidade, em número, mas em termos de relações próximas, muito directas com Cabo Verde, creio que é Portugal, até também pela distância e pela ligação, e talvez também, por uma razão muito acrescida, de que existem condições institucionais que permitem uma colaboração mais rápida e estreita com as autoridades cabo-verdianas para montar um plano dessa natureza”, considerou.
Segundo Eurico Monteiro, todo esse cenário, aliado à circunstância de haver em Portugal um grupo associativo “muito dinâmico e muito activo”, são elementos no conjunto que justificam “perfeitamente” a escolha de Portugal como o primeiro país onde se está a fazer o lançamento deste “importantíssimo projecto”.
O objectivo do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana, do Governo e que confere ao Instituto Nacional de Estatística (INE) o papel de o executar, é definir seu perfil, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países do mundo.
A mesa redonda que decorre durante todo o dia de hoje no Centro Cultural Cabo Verde (CCCV), teve a sessão da abertura presidida pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, na presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.