​Directora Nacional da Saúde diz que os casos de dengue no país não são alarmantes

PorDulcina Mendes,3 jul 2024 14:12

A diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, disse esta quarta-feira, 3, que continuamos com casos na cidade da Praia e nos Mosteiros na ilha do Fogo e que os mesmos não são alarmantes.

Ângela Gomes fez esta afirmação no âmbito de uma acção de formação de 48 médicos e enfermeiros na gestão de casos de paludismo, que estão a realizar na cidade da Praia entre hoje e amanhã.

“Ainda temos o registro de casos, principalmente na Praia, nós temos nos últimos dias em média, mais ou menos, 10 a 11 casos, não são casos alarmantes, mas nós o que queremos é o corte da transmissão, a eliminação da transmissão, porque com a queda das chuvas podemos estar aqui a correr um risco de uma eclosão maior da epidemia”, enfatiza.

Na mesma linha frisou que estão a fazer fortes campanhas de pulverização enterdomiciliária. “Na Praia estamos a pulverizar quase mil casas por dia, com mais de 80 militares no terreno, juntamente com os agentes de luta antibacterial de rotina, mas só isso não é suficiente, precisamos de eliminar os focos dentro das comunidades, peridomiciliares, nas instituições também”.

Neste sentido, disse que essa acção que estão a realizar deve ter engajamento de toda a população. “Realmente é uma acção que tem que ser de todos, e tem que ser de uma forma muito responsável e de forma atempada, porque nós podemos estar com previsão de chuvas bem próxima”.

Por isso, disse que a direcção Nacional da Saúde está a realizar uma acção de formação, para reforçar o nível de resposta dos recursos humanos. “Sabemos que já aproximamos a época das chuvas, então neste momento estamos a fazer acções de reforços, que é ao nível de recursos humanos, de todos os níveis, principalmente agentes de luta antivectorial, de monitores da IEC, que são comunicadores de risco em situações de epidemia”.

Além disso, realçou que a direcção Nacional da Saúde quer reforçar o nível de respostas laboratoriais, respostas em termos de equipamentos, de protecção individual, para manter as estruturas em alerta, porque temos uma boa previsão de chuva.

“Queremos que as chuvas aconteçam, mas também estamos a mobilizar todos os sectores, a multisectorialidade, e fazemos um apelo aqui em especial aos serviços de saneamento, das câmaras municipais, agências também ANAS, de agro-saneamento, municipalizados, Ministério das Infraestruturas, da Agricultura, Ministério do Ambiente, também que façam essas acções musculares junto a tudo aquilo que é factores de risco para acumulação ou fontes criadores de mosquitos”, apela.

Em relação ao paludismo lembrou que fomos certificados, e que recebemos a certificação em Janeiro deste ano (2024).

“O país neste momento não tem casos autóctones, mas temos que manter vigilante porque mantemos casos importados, como usualmente nós temos em torno de 50 casos anuais de paludismo”, aponta.

De realçar que esta acção de formação tem como objectivo é reforçar a capacitação, actualização, avaliação de competência e monitoramento do desempenho clínicos no que tange ao diagnóstico clínico do paludismo. 

Quanto a COVID-19, disse que a doença ainda está entre nós, e que o país tem vindo a registar casos esporádicos. “Mas o serviço de vigilância tem estado a fazer o monitoramento dos casos, tem períodos que usualmente desde a pandemia nós temos picos, naturalmente este ano nós não registramos picos elevados, mas nas últimas semanas registramos um aumento de casos, principalmente na cidade da Praia, mas estamos a monitorizar a nível nacional, mas não são situações fora daquele padrão que é comum”.

Segundo indicou o Instituto Nacional de Saúde Pública, através do Laboratório de Virologia, faz também a monitorização genômica, sequenciação genômica, para ver se também há possibilidade de haver novos estirpes circulantes.

“Para nós é uma situação ainda bastante controlada, apesar de que aumentamos o nível de alerta e fizemos sessão a nível nacional na semana passada, para chamar a atenção de todos estarmos preparados com o estoque de segurança, com equipamentos de proteção individual e sobretudo para aumentarmos a despistagem e aplicação de testes em sintomas respiratórios”, afirma.

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Autoria:Dulcina Mendes,3 jul 2024 14:12

Editado porAndre Amaral  em  21 nov 2024 23:27

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