Em comunicado, a PGR confirmou que as buscas efectuadas terça-feira, 02, nas instalações da Câmara do Porto Novo, à residência da vereadora Maisa Pinto, ao gabinete do responsável da Repartição das Finanças e ao jardim infantil “O Ninho” foram realizadas no âmbito de uma denúncia do PAICV.
Segundo o comunicado, a denúncia visa “o presidente e uma vereadora da Câmara Municipal do Porto Novo, cujos factos são susceptíveis de integrar, em abstrato, a prática de crime de peculato, abuso de poder e tráfico de influência”.
No âmbito da denúncia, o Ministério Público ordenou “o registo e autuação de uma instrução”, cuja investigação decorre no departamento central da Acção Penal da PGR, refere ainda o comunicado.
“Realizadas algumas diligências, o Ministério Público autorizou buscas e apreensões não domiciliárias e solicitou ao tribunal uma autorização para busca domiciliária às instalações da Câmara Municipal do Porto Novo, à residência de um vereador, ao gabinete de um responsável de um serviço do Estado em Porto Novo e a um Jardim Infantil”, esclareceu a PGR.
A mesma fonte confirmou que no decorrer da busca ao gabinete do responsável de um serviço em Porto Novo, este foi detido e apresentado ao tribunal por ter sido encontrado na posse de um instrumento considerado uma arma.
No processo de buscas ocorridas terça-feira, o Ministério Público foi coadjuvado pela Polícia Nacional e Polícia Judiciária, encontrando-se o processo em investigação, permanecendo em segredo de justiça, concluiu a PGR.