Apenas 45% das mulheres em Cabo Verde usam contraceptivos

PorSheilla Ribeiro,11 jul 2024 11:46

45% das mulheres cabo-verdianas entre 15 e 49 anos utilizam algum método contraceptivo, enquanto 59% das casadas ou em união também adoptam medidas preventivas. Em termos de métodos modernos, a taxa alcança 44% para a população geral e 58% entre as mulheres casadas ou em união.

Informações reveladas hoje no relatório mundial da população 2024 denominado "Vidas Entrelaçadas, Fios de Esperança: Acabar com as Desigualdades na Saúde e nos Direitos Sexuais e Reprodutivos".

Segundo o documento, o país apresenta uma taxa de mortalidade materna estimada por 100.000 nascidos vivos, com números inferiores aos registados nas regiões menos desenvolvidas (244) e nos países menos desenvolvidos (377).

No que tange ao atendimento qualificado ao parto, os dados apontam que 97% dos partos em Cabo Verde são assistidos por profissionais de saúde capacitados, em comparação com a média global de 86%.

Relativamente à taxa de prevalência de HIV, o país regista uma taxa de novas infecções de 0,34 por 1.000 habitantes não infectados, alinhando-se com a média global para países menos desenvolvidos (0.34).

No que concerne à contracepção, Cabo Verde apresenta uma taxa de prevalência contraceptiva moderna de 44% entre mulheres casadas ou em união.

Em termos de cobertura de serviços de saúde universal (UHC), Cabo Verde alcança um índice de 71%.

Quanto aos indicadores demográficos, o país tem uma taxa de fertilidade total de 1,9 filhos por mulher, enquanto a expectativa de vida ao nascer é de 73 anos para homens e 81 anos para mulheres.

O relatório se refere ainda a violência por parceiro íntimo, que afecta 11% das mulheres em Cabo Verde.

Intitulado "Vidas Entrelaçadas, Fios de Esperança: Acabar com as desigualdades em matéria de saúde e direitos sexuais e reprodutivos", o relatório salienta o papel que o racismo, o sexismo e outras formas de discriminação desempenham na limitação de ganhos maiores em matéria de saúde sexual e reprodutiva para as mulheres e meninas.

Segundo o documento, as mulheres e as meninas pobres, pertencentes a grupos minoritários étnicos, raciais e indígenas, ou apanhadas em contextos de conflito, têm maior probabilidade de morrer por não terem acesso a cuidados de saúde atempados.

O Dia Mundial da População 2024 oferece aos países, sociedades e responsáveis pela elaboração de políticas a oportunidade de não apenas comemorar as melhorias na recolha e análise de informações, mas também para questionar se se está a fazer as perguntas certas.

O ano de 2024 marca o trigésimo aniversário da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento no Cairo.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,11 jul 2024 11:46

Editado porAndre Amaral  em  12 jul 2024 14:37

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