No comunicado divulgado hoje no Facebook, a Embaixada dirigiu as suas condolências à família e amigos e ressaltou a necessidade de aguardar com serenidade os resultados das investigações já em curso, acreditando que serão conduzidas com rigor e objectividade.
A Missão Diplomática, reafirmou a sua confiança no sistema de justiça e prometeu acompanhar de perto o desenrolar do processo, prestando apoio à família se necessário.
No entanto, fez um apelo à calma e serenidade.
“Não obstante a natural consternação e choque que a morte violenta provoca, apelamos à calma e à serenidade, pois que a solução só pode ser encontrada num ambiente onde impere a aplicação criteriosa da lei e a paz social. A firmeza na reivindicação do que achamos justo não é incompatível com o ambiente de calma e serenidade para apuramento dos factos e eventuais responsabilidades decorrentes”, lê-se.
Segundo a Polícia de Segurança Pública de Portugal (PSP), um homem de 43 anos “em fuga” morreu na segunda-feira após ser baleado pela polícia na Cova da Moura, quando tentava resistir à detenção e agredir os agentes com uma arma branca.
Minutos antes, na Avenida da República, na Amadora, o suspeito, ao visualizar uma viatura policial, encetou fuga para o interior do Bairro Alto da Cova da Moura”, referiu a força de segurança em comunicado.
O homem acabou por morrer no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, para onde foi transportado, e a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência.
A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa já contestaram a versão policial sobre a morte de Odair Moniz e exigem uma investigação “séria a isenta” para apurar “todas as responsabilidades”, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.
Entretanto, a PSP mantém reforço na Amadora após noite de desacatos e revolta, já que os moradores do bairro onde vivia Odair Moniz provocaram vários fogos nas ruas na noite de segunda-feira, em protesto pela sua morte.