“O impacto, a recepção e a implementação do Vaticano II em África ainda não receberam a atenção académica que merecem: as visões gerais ainda dominam a literatura, enquanto os estudos de caso permanecem escassos”, lê-se no convite para comunicações a apresentar no evento.
A assembleia ecuménica realizada entre 1963 e 1965 mudou vários aspectos da prática católica e a conferência internacional pretende rever os relatos que apontam para uma “participação marginal de África”, bem como avaliar o impacto no continente.
A conferência vai explorar, por exemplo, os contextos de descolonização e guerra fria.
Os temas sugeridos para comunicações incluem as relações Igreja-Estado e a reforma litúrgica em África, a educação clerical, celibato e apostolado leigo, assim como as representações de África no concílio e na comunicação social.
A conferência “Vaticano II e África: recepção, Impacto e Implementação” procura “reunir diversos especialistas, tais como historiadores, teólogos, juristas canónicos e jornalistas” num debate “de 1959 até aos dias de hoje”, acrescentam os promotores.
O evento vai decorrer entre 03 e 05 de Dezembro nas instalações da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, organizado pela Academia Portuguesa da História, pelo Centro para a História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, Universidade de Cabo Verde e Universidade de Santiago.