A decisão de intervenção da IGF foi anunciada hoje, na cidade da Praia, pelo ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, à margem da conferência internacional sob o lema “Celebrando a Inclusão e a Superação”, realizada pelo Centro
“Naturalmente, ouvindo as denúncias, tendo em conta que queremos que esteja tudo claro, naturalmente não quebrando nunca a presunção de inocência, sabendo claramente que as instituições têm que ser transparentes, o governo vai naturalmente accionar a Inspecção Geral de Finanças, porque é uma entidade que tem financiamento do Governo. Vamos accionar a Inspecção Geral de Finanças para fazer uma inspecção para saber se as denúncias colem ou não” afirmou.
O governante afirmou que, nestas questões, o mais importante é permitir que as instituições funcionem.
“Esperar que haja a clarificação necessária de todos os envolvidos, o que esperamos que seja para melhor servir as pessoas com deficiência e quem recorre aos centros de reabilitação”, frisou.
Por sua vez, o presidente do CENORF, Bernardino Gonçalves, considera que este é um assunto “familiar” e que a auditoria servirá apenas para verificar a conformidade dos procedimentos.
“Vocês acham que, diante de uma situação de família, eu vou na Inforpress, na Televisão de Cabo Verde, na rádio, discutir assuntos de família? Vai discutir no ambiente da família. (…) A auditoria é para ver conformidades de procedimento, Corrupção quem vê é a Polícia Judiciária, é o Ministério Público”, disse.
Recorde-se que os membros da Associação Cabo-verdiana das Pessoas com Deficiência (ACD) solicitaram uma auditoria interna e externa para analisar as actividades financeiras e as transacções realizadas para o exterior pelo actual presidente, Bernardino Gonçalves, que também lidera o CENORF e é ainda acusado de nepotismo