Francisco Barbosa Amado, que falava esta tarde à margem do pré-simpósio sobre a formação pós-graduada em especialidades clínicas, foi questionado sobre o simpósio intitulado “A Integração de Robótica e Inteligência Artificial na Saúde: Partilhas e Desafios”, que terá lugar sexta-feira, 11, na cidade da Praia.
O evento é promovido numa parceria entre a Ordem dos Médicos Cabo-verdianos e a Associação dos Médicos Cabo-verdianos nos Estados Unidos da América, com o objectivo de fomentar o debate e a partilha de conhecimentos no sector sobre as mais recentes inovações tecnológicas aplicadas à saúde.
Segundo o bastonário, trata-se de uma iniciativa com uma visão ampla, que procura afirmar uma nova concepção da medicina moderna, uma medicina tecnologicamente avançada, socialmente justa e profundamente humana, capaz de responder às exigências de um mundo em constante transformação.
“O médico hoje deve usar essas ferramentas para ajudar não só a fazer diagnósticos clínicos mais precisos, e também permite ampliar a nossa decisão em termos de decisões e soluções cirúrgicas com os robôs (…) são sistemas que só não vão permitir melhorar o acesso e a qualidade na saúde, mas também vão contribuir para uma melhor saúde e bem-estar físico do médico, referiu.
Segundo disse, embora o actual hospital central do país ainda não reúna as condições para a aplicação imediata de robótica, é fundamental começar a preparar o futuro, sendo que Cabo Verde deve posicionar-se na linha da frente da medicina africana, abraçando os novos desafios com ambição.
Estes instrumentos tecnológicos, além de melhorarem o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde, desempenham também um papel importante no acompanhamento do bem-estar dos próprios profissionais.
Na ocasião considerou que a parceria entre a Associação dos Médicos Cabo-verdianos e os profissionais residentes no país é “extremamente excelente” e esta colaboração tem sido determinante para a introdução e divulgação de novas tecnologias no sistema de saúde nacional, permitindo tomadas de decisão mais informadas e sustentadas.
“Nós estamos certos e convencidos de que é uma parceria que nós vamos estreitar ainda cada vez mais e vai ser muito importante para o nosso país”, apontou.
A Associação dos Médicos Cabo-verdianos nos EUA visita Cabo Verde anualmente com o propósito de promover o intercâmbio científico e cultural.
A iniciativa fortalece os laços entre os profissionais da diáspora e os que exercem no país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da saúde em Cabo Verde, tanto a nível técnico como humano.