Em declarações à RCV, Dom Arlindo considerou a morte do Papa Francisco é uma grande perda para a Igreja, mas sublinhou que o seu legado é “inesquecível e impactante para a reforma” iniciada durante o seu pontificado.
“É um dos grandes homens que tivemos para dirigir a Igreja nos últimos tempos. É uma grande perda para a Igreja, mas deixa um legado inesquecível e impactante para a reforma e o papel da Igreja no mundo”, disse, acrescentando que este momento representa “uma grande dor”, declarou.
À rádio pública, Dom Arlindo Furtado apontou que o Papa Francisco, depois de João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II no início dos anos 60, teve o papel de preparar a Igreja para a sua missão e “o seu testemunho no mundo actual, o moderno, com as suas complexidades e exigências, injustiças e disparidades e contradições”.
Sobre os procedimentos a seguir após a morte do Papa, Dom Arlindo explicou que há toda uma estrutura do Vaticano que acompanha essa situação, sublinhando que “está tudo previsto, tudo organizado”, e que o Camerlengo — o cardeal que preside a Câmara Apostólica — assume, a partir de agora, a gestão da Igreja, enquanto se aguarda pelas orientações do Vaticano.
Dom Arlindo afirmou ainda não estar surpreendido com a notícia, tendo em conta o estado de saúde frágil do Papa nos últimos tempos.