Estudantes universitários reflectem sobre impacto da Inteligência Artificial no jornalismo

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,3 mai 2025 16:58

No quadro do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra hoje, a Inforpress constatou que, no meio universitário, a inteligência artificial (IA) tem despertado interesse e preocupações nos estudantes e gerado reflexões académicas.

Jovens em formação na área do jornalismo, contactados pela Inforpress, destacaram diferentes perspectivas sobre o uso da inteligência artificial na comunicação social, reconhecendo tanto o seu potencial transformador como os riscos éticos e sociais que acarreta.

Segundo Luís Pires, a IA vai transformar profundamente o jornalismo, ao mesmo tempo que reconhece os desafios que essa mudança pode trazer.

“A minha expectativa é que a IA transforme, profundamente, a área da comunicação social, trazendo desafios e também oportunidades”, afirmou.

Para o estudante, a tecnologia pode contribuir de forma positiva para a automatização de tarefas repetitivas, na análise de dados e na personalização de conteúdos, promovendo um jornalismo “mais ágil e eficiente”.

No entanto, Pires alerta para a importância de se manter um olhar crítico sobre questões éticas e os riscos da propagação de desinformação.

“Como futuro jornalista, penso que o papel humano continuará sendo essencial para garantir a credibilidade, a sensibilidade e a responsabilidade na produção de conteúdos”, frisou.

Djennifer Cardoso, outra estudante universitária, vê a IA como um elemento transformador, destacando a sua capacidade para melhorar a produção e distribuição de conteúdos.

“Acredito que a IA poderá trazer transformações, tanto na produção como na distribuição de conteúdos”, disse.

Cardoso destacou o potencial da tecnologia para facilitar o trabalho dos profissionais da comunicação, permitindo uma análise mais rápida e aprofundada de dados.

Entretanto, apontou preocupações relacionadas com a desinformação, a substituição de postos de trabalho e a necessidade de garantir a transparência da informação.

Para a estudante, a inteligência artificial é uma “ferramenta poderosa”, que deve ser usada com responsabilidade e “supervisão humana constante”, defendendo que o seu uso “precisa ser regulado e controlado”.

Por sua vez, Cleidiane Tavares considera essencial que a integração da IA no jornalismo seja feita de forma equilibrada.

Para a estudante, a tecnologia, quando bem aplicada, pode melhorar significativamente a eficiência do trabalho jornalístico.

Assim como outros universitários, reconhece que o fenómeno também pode facilitar a disseminação de informações falsas.

“A minha visão para o futuro é fundamentalmente optimista, onde os profissionais da comunicação aceitam a IA como uma ferramenta de trabalho e não como uma ameaça”, conclui.

A liberdade de imprensa, conquistada e consolidada ao longo de décadas, é hoje celebrada num contexto em que novas tecnologias desafiam as práticas tradicionais do jornalismo.

No entender dos estudantes, o equilíbrio entre a inovação tecnológica e a responsabilidade editorial será fundamental para preservar a qualidade da informação num mundo cada vez mais digitalizado.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,3 mai 2025 16:58

Editado porSheilla Ribeiro  em  4 mai 2025 17:28

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