Informação avançada à Rádio Morabeza pelo presidente da APESC, Suzano Vicente, que explica que a ideia é colocar numa mesma plataforma todos os players do sector.
“A primeira parte será um fórum preparatório em Santiago, porque lá existe um conjunto de instituições e pescadores, além de conseguirmos reunir em Santiago pescadores e armadores das ilhas do Maio, Boa Vista, Brava e Fogo, para debatermos e fazermos uma primeira triagem daquilo que seriam as discussões no grande fórum internacional do sector, que será realizado em Mindelo. Ainda estamos na fase decisiva sobre a data deste grande fórum, mas o fórum preparatório irá acontecer em Junho, na Praia”, assegura.
O congresso do Mindelo deverá servir para traçar as linhas orientadoras do sector num horizonte de 10 anos, numa discussão que vá além de ciclos políticos.
“Serão dois eventos, como eu disse, em Santiago e em São Vicente. Este último será o grande congresso do sector das pescas. Vamos trazer vários actores para discutir de forma descomplexada o sector, de forma holística, numa discussão que extravase os ciclos políticos, onde a ideia é construir um pacto nacional para o sector das pescas, pelo menos no horizonte 25-35. É fundamental isso, para que, quando o próximo governo chegar, encontre uma linha orientadora, saída de uma discussão alargada entre técnicos, armadores, políticos, instituições públicas e privadas, e internacionais. Um documento que pensamos poderá trazer a vontade de todas as partes”, defende.
A Associação dos Armadores de Pesca defende que a declaração de Mindelo deverá traduzir-se num plano estratégico de longo prazo e que promova o desenvolvimento sustentável das pescas em Cabo Verde.