Em conferência de Imprensa, sobre a preparação da campanha agrícola de sequeiro 2025-2026, a directora-geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária (DGASP), Anita Carvalho, informou que as preparações da campanha agrícola decorrem normalmente, e abarca um conjunto de medidas de forma a reduzir as perdas agrícolas, garantir a segurança alimentar e proteger os meios de subsistência dos agricultores.
A directora avançou ainda que estão em curso várias acções destinadas a evitar atrasos na disponibilização dos factores de produção e assegurar a sua utilização em tempo útil.
Para esta campanha agrícola serão disponibilizadas 24 toneladas de sementes de milho e feijões, 30 mil plantas fruteiras, 320 mil estacas de batata-doce e mandioca, 3050 quilos de sementes forrageiras e cerca de 26.750 plantas de espécies florestais, orçados em cerca de 44,5 milhões de escudos, de acordo com as informações avançadas pela directora
Constam ainda na lista das acções medidas fitossanitárias como o controlo de pragas, com foco em métodos biológicos, assim como assistência técnica aos agricultores que contam com 300 aplicadores fitossanitários a nível nacional para ajudar com controle das pragas e vão ser fornecidos equipamentos de protecção individual durante toda a campanha agrícola de sequeiro.
Com estas acções, Anita Carvalho almeja ter impactos positivos que contribuem para aumentar e diversificar a produção, assim como melhorar a disponibilidade de pastos em zonas áridas e restaurar os ecossistemas das zonas florestais degradadas.
Em relação a distribuição das sementes, a directora explicou que são compradas pelos próprios agricultores e serão revendidas a baixo custo. Conforme frisou, há uma empresa privada que cuida da parte de distribuição das sementes.
Por seu turno, a presidente do Instituto Nacional da Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Nora Silva, apelou à colaboração dos agricultores no sentido de seguir algumas recomendações que visam promover a segurança, produtividade e sustentabilidade na agricultura.
A presidente do INIDA exortou os agricultores a contactar as delegações do MAA em caso de emergência, a fazer a sementeira após as primeiras chuvas, para garantir uma melhor germinação das sementes, em regiões de altitude, dar preferência à plantação de fruteiras e feijão congo e evitar queimadas.