Num comunicado, a IFH manifestou a sua solidariedade com a população de São Vicente, profundamente afectada pela forte precipitação do dia 11 de Agosto. Tratou-se de um fenômeno extremo, com níveis pluviométricos recortes, que provocou danos materiais significativos e perdas humanas.
No caso das obras em curso em Ribeira de Julião, a IHF esclarece que apesar da implantação dos edifícios ter sido realizada a mais de 50 metros da margem mais próxima da ribeira, respeitando os critérios de segurança e afastamentos considerados adequados, verificou-se erosão causada pelas chuvas excepcionais e pelo entupimento dos canais de drenagem.
“As árvores arrastadas pela chuva obstruíram as passagens hidráulicas existentes, o que levou ao extravasamento do caudal de água para o lado onde se encontram os edifícios”, indica.
Segundo a IFH, esta situação deixou parcialmente exposta à base de alguns blocos. “Após vistoria técnica conjunta da IFH, empreiteiro e fiscalização, confirma-se que não existem danos estruturais nos edifícios”.
Pelo que a IFH avisa, já estão em execução os trabalhos de reforço das fundações, estabilização dos taludes e impermeabilização da envolvente. “Enquadrado no programa Emergencial anunciado pelo Governo, estão previstos investimentos adicionais em sistemas de drenagem para mitigar riscos semelhantes no futuro”.
Relactivamente à urbanização Quinta de Sant´Anna, a mesma fonte explica que registaram essencialmente arrastamento localizado de pavês, queda de alguns muros junto a canais de drenagem e levantamento de pavimento betuminoso numa das ruas.
A IFH garante que as infraestruturas enterradas não foram afectadas. “A IFH encontra-se em articulação com o empreiteiro para a reposição e reforço das partes danificadas, estando em curso a qualificação dos prejuízos e a programação das intervenções”.
A mesma fonte esclarece que não possui neste momento habitações construídas e fechadas, contrariamente ao que tem circulado nas redes sociais.
“A IFH reafirma o seu compromisso com a população de São Vicente, garantindo que todas as medidas necessárias estão a ser tomadas para proteger os investimentos habitacionais, reforçar as infraestruturas e apoiar as famílias que mais necessitam, estando a providenciar o realojamento de partes das famílias desalojadas”, realça.