Isidoro Gomes, PCA dos Correios de Cabo Verde: “Se pensarmos pequenino nunca mais saímos da nossa pequenez”

PorAndré Amaral,11 out 2025 8:27

De empresa tradicional a operador logístico e digital, os Correios de Cabo Verde estão a reinventar-se sob a liderança de Isidoro Gomes. Com um plano de negócios ambicioso e uma aposta forte em novas áreas, como o e-commerce e os serviços financeiros, a instituição quer afirmar-se como uma das cinco maiores do país.

Os Correios estão a passar por uma fase de vitalidade que era pouco comum de se ver na instituição até agora. O que é que vos fez dar este passo?

Quando chegámos aos Correios em 2019 o primeiro grande desafio que tivemos foi definir a sua transformação em quatro grandes etapas. A primeira foi o diagnóstico. E foi nessa etapa que, de facto, gastamos muito tempo e, para tal, fomos escolher uma das quatro maiores consultoras a nível mundial para, efectivamente, apoiar-nos nessa empreitada. Finda essa etapa, tomamos um conjunto de medidas muito bem definidas, quantificadas, projectadas do ponto de vista não só do horizonte temporal, mas também em termos financeiros, investimentos, retornos, para que efectivamente pudéssemos atingir os objectivos definidos. Com uma visão muito clara e com os vectores e prioridades muito bem definidos. Finda a essa segunda etapa, seria necessário haver um plano de investimento, ou seja, com que dinheiro é que eu vou investir e financiar os projectos do plano. E fruto desse plano concluiu-se que a empresa precisará a volta de 700 mil contos para atingirmos os objectivos macro que definimos no plano estratégico de negócio. Conseguimos a autorização do accionista Estado, e dividimos esse processo de financiamento em dois momentos. No primeiro fomos ao mercado e, através do mercado de obrigações e emissões, fomos levantar 350 mil contos. Neste momento estamos a trabalhar a segunda fase, levantamento de capital para finalizar os investimentos, de acordo com o plano de negócio que tem o horizonte de 2028. Ora bem, eu tenho o diagnóstico, eu tenho os programas, eu tenho o dinheiro para investir. A quarta etapa, que para nós é mais crítica, é com que competências eu vou investir, vou pôr em prática estes programas? Dali surgiu a necessidade em optimizar o quadro de Recursos Humanos. Fizemos um assessment, onde fomos saber quem é quem de Santo Antão à Brava, quem é que tem currículo, quem é que não tem, o que é que já fez, o que é que não fez, a experiência profissional, a formação, quem é que eventualmente precisava de alguma reciclagem, etc. Para que eu pudesse perceber que perfis profissionais eu tenho em casa e que respostas tenho do ponto de vista da tecnicidade para este desafio. Primeiro, fruto desse assessment, a empresa não tinha um manual de descrição de funções e tivemos de o criar para responder as novas exigências da empresa. De acordo com a nova orgânica, a empresa precisava e precisa de 64 perfis profissionais. Surgiu o novo PCCS da empresa, para valorização do nosso quadro, mas também, de uma certa forma, fazer justiça com os outros quadros da empresa. Em 2020 tínhamos cerca de 53 colaboradores que estavam há mais de 10 anos na empresa e não tinham vínculos, não eram quadros. Também fruto desse trabalho de optimização de RH, fizemos um planeamento estratégico, ou seja, do ponto de vista da tecnicidade, o que é que a empresa precisa não só do ponto de vista quantitativo, mas também em termos técnicos, a nível de perfil. E até este momento estamos a cumprir em termos de entradas e saídas. Daí surgiu um programa de pré-reforma, a que, de forma voluntária, aderiram cerca de cinco dezenas de colaboradores. Fruto desse programa, com a saída desses colaboradores, recrutámos mais de uma centena de colaboradores até agora. Aliás, em plena pandemia, os Correio de Cabo Verde foi a única empresa a recrutar na altura. Recrutámos mais de cinco dezenas de jovens precisamente para dar resposta nas entregas e também nos atendimentos. Essa visão está a dar resultados e, neste momento, tudo o que temos estado a fazer está plasmado, na nossa Bíblia, que é o nosso plano de negócio estratégico. O que estamos a fazer na empresa não é só uma transformação é uma reinvenção. Tivemos de criar uma cultura empresarial, que é fundamental, com práticas de empresas, com regras, com controlos, com assiduidade, com benefícios de acordo com a produtividade, com um trabalho muito orientado a objectivos e resultados e com metas específicas. Além disso, uma empresa com uma visão clara e que quer distinguir-se não só no quadro do sector empresarial do Estado, mas entre os nossos grandes players no mercado. Os Correios é das pouquíssimas empresas no mundo que tem poucos limites, podem actuar na vertente logística, na de distribuição, na financeira, nos commodities, nas facturações, nas cobranças. Tudo isto porque é a empresa que está mais próxima do cidadão. E é cada vez mais uma empresa multisserviços. E, acima de tudo, a nível mundial, os Correios têm sido pioneiros na materialização dessa nova visão económica que é muito virada para o digital.

Houve uma mudança da imagem das estações de correios, mas outro papel importante nesta dinamização dos correios foi a colaboração com a MoneyGram. O que é que isso significa para os Correios e quanto é que vale essa colaboração para os Correios?

Nós em 2020 revisitamos o contrato que tínhamos com a MoneyGram e tem havido uma parceria fantástica entre as duas organizações. Do ponto de vista da formação dos rendimentos da empresa a vertente financeira já vai quase em 30%. Ou seja, quer isto dizer que eu tenho aqui um nicho, que se for trabalhado do ponto de vista de respostas aos clientes, rapidamente isto poderá alavancar-se ainda mais. Mas este ano vamos avançar com uma grande campanha. Em África, o corredor Cabo Verde tem sido o melhor para MoneyGram. Mas neste momento também há um corredor muito dinâmico, que é o corredor de envios [a partir de Cabo Verde]. Essencialmente envios para a costa ocidental africana que tem uma predominância nas ilhas do Sal, de Boa Vista, porque ali existe uma comunidade daquela sub-região muito forte. Ou seja, nós hoje não somos um país 100% de importação, mas também estamos a exportar valores financeiros. Mas o negócio core da empresa, também tem estado a aumentar e poderá aumentar ainda mais de acordo com a aposta que fizemos no segmento da distribuição postal, ou no fenómeno do comércio electrónico que em Cabo Verde é essencialmente inbound. Entre 65 e 70% do comércio electrónico é importação. E é por isso que também estamos a posicionar o mercado, não só para apoiarmos e sermos pivôs na criação de um verdadeiro sistema de comércio electrónico nacional, mas também naquilo que se chama balança de pagamentos, porque quando se fazem compras online para fora, é verdade que os rendimentos de Correios aumentam utilizando a plataforma Correios como entidade de delivery, mas por outro lado é divisa que está a sair do país, ou seja, a balança de pagamentos fica desequilibrada. E nós olhando para esse fenómeno entendemos que os Correios também podem posicionar-se no sentido de equilibrar essa balança, criando aqui um sistema de transações entre as ilhas e só os Correios, enquanto maior plataforma logística nacional, poderá fazer isso.

E esse marketplace vai arrancar quando?

Ainda durante o mês de Outubro ou no início de Novembro, no máximo, estaremos a conectar as ilhas todas através da nossa rede física, mas também estaremos aqui a dar uma janela de oportunidade para os pequenos empresários alavancarem e começarem a exportar, utilizando a plataforma dos Correios.

Como é que isso vai funcionar? Um pequeno empresário que veja ali uma oportunidade como é que pode entrar no marketplace?

O país já tem uma lei que regulamenta esse tipo de actividade económica do e-commerce. Há uma norma jurídica para isso. Já existem termos de utilizador para quem faz as compras, o e-buyer, e termos de utilização para as lojas. Quem quiser vender tem de ter a empresa formalizada, a pessoa regista-se através dos dados básicos na plataforma, cria a sua loja online, tem total autonomia na gestão da sua loja, a sua loja é aprovada neste caso por parte da entidade gestora da marketplace. Teremos dezenas de segmentos, categorias de produtos. O comprador, se tem experiência nas compras online, não terá problemas nenhuns, é tudo automatizado, é tudo user-friendly. Se não, também tem o manual do utilizador, é muito simples: entra, regista-se, faz as suas compras e paga com um cartão de débito ou crédito. Nos termos de referência na altura da adesão, o comerciante vai informar os Correios se quer que o produto seja levantado nos seus armazéns ou se vai entregá-lo a um posto de Correios mais próximo. De acordo com o destino, os Correios, através da sua equipa, fazem todo o tratamento e envio e depois a distribuição. Tudo de uma forma muito prática e útil.

Mas os Correios cobram uma taxa.

Nós temos uma tabela de taxas já estabelecidas e para este serviço. Haverá umas taxas especiais, precisamente para dinamizar e criar esta cultura de compras online a nível nacional. Para tal, temos de ter umas taxas competitivas. Nesta primeira fase, o objectivo não é ganhar dinheiro, o objectivo é criar mercado, é essencialmente criar competências e acima de tudo cultura de transações online.

Outra novidade é o Kasif. Que produto é este e o que é que vem mudar no serviço dos Correios?

Dentro dessa visão, do ponto de vista do posicionamento de empresa nesse fenómeno de comércio electrónico, surgem muitos desafios. Um dos desafios que temos é que não estamos a aproveitar o fenómeno do comércio electrónico para melhorar o rendimento dos Correios precisamente porque temos um problema de endereçamento. Ora, como é que nós pensamos resolver essa questão de endereçamento visando uma entrega eficiente e eficaz? Respondendo à confiança do cliente utilizando a tecnologia. Não temos outra alternativa. Assim, fruto dessa histórica, parceria entre Portugal e Cabo Verde abordámos os CTT, no sentido de pensar numa solução equivalente para cá. O que é que isto significa? Na minha jornada de compras, se o meu horário não se adequa ao horário de funcionamento das lojas de Correios, se não tenho um endereço completo e acima de tudo, eu não quero chatices, então eu tenho aqui a alternativa de activar um armário inteligente, algures por este país fora. Nós iniciamos com uma solução piloto, na Fazenda e Chã de Areia, onde a qualquer hora do dia, qualquer dia de semana eu posso me deslocar a esse cacifo e fazer o levantamento do meu objecto com segurança total.

Como é que funciona?

Ao concluir as minhas compras online, no local onde colocaria o meu endereço, eu coloco aí uma referência, um código, e os técnicos nos centros de tratamento sabem que aquele código significa um cacifo. Depois, procurando a base de dados, eles ficarão a saber que aquele cacifo, aquele código, está reservado para o indivíduo ABC e que este tem X dias para o seu levantamento. A partir do momento em que activar a recepção, o destinatário é notificado, recebe um PIN, e tem X dias para fazer o pagamento e levantamento da sua encomenda naquele cacifo. Podem ser utilizados para qualquer tipo de correio. Nesta primeira fase, é apenas compras online, mas depois teremos mais duas fases, que é alargá-lo para todos os outros serviços, por exemplo, se alguém quer receber, por exemplo, um aviso de recepção no cacifo, poderá fazê-lo.

E este KASIF, ainda sendo uma versão experimental, um projecto piloto, que balanço é que já é possível fazer com estes dois pontos activos?

Infelizmente tivemos aqui situações extra-Correios em que se danificaram duas peças que tiveram de vir de fora e neste momento já estamos na fase da sua resolução. É preciso criar aqui um conjunto de sistemas híbridos e de suporte para que, de facto, aquilo funcione a 100%. Já passamos as fases de testes e está a funcionar. A parte do pagamento está a funcionar, a parte dos avisos por mensagem está a funcionar, a base de dados está coerente, a integridade dos dados também, a parte de segurança está em teste. O nosso projecto é termos uma rede de cacifos a nível nacional. O próximo passo é alargar para Santa Maria, Espargos e Mindelo e na terceira fase o resto do país. Ou seja, garantiremos que todos os municípios terão pelo menos um cacifo presente e podem receber as suas encomendas de forma cómoda, segura, sem terem de estar dependentes de ninguém.

Anunciou há uns dias que os Correios pretendem adquirir navios para fazer a ligação entre as ilhas. Em que áreas? Dedicados exclusivamente ao correio, ou aberto ao mercado?

Se nós queremos estar entre as cinco maiores empresas do país e queremos ser o número um na vertente logística temos de ter condições endógenas, tenho de ter recursos, temos de ter meios. E olhando para as ilhas Canárias, Tonga, Tuvalu, Fiji e zona das Caraíbas temos vários casos de sucesso. Então, nós temos aqui um benchmarking muito interessante para os Correios também olharem e verem como criar as suas próprias oportunidades, diminuindo a dependência de terceiros. Se eu quero aumentar a conectividade entre as ilhas, do ponto de vista logístico, tenho de ter como responder a isso. E um dos meios para tal, de facto, é eu criar a minha própria autonomia estratégica do ponto de vista do transporte. Estamos a falar de um meio de transporte diferenciado em relação àquilo que é oferta actualmente no mercado. Porque é diferenciado? Porque eu quero dar resposta àquilo que são os correios tradicionais, pequenos e grandes pacotes, mas também quero abrir para cargas não postais. Ora, os Correios têm um negócio transitário que vai além dos 30 quilos. Os Correios, neste momento, são o maior accionista de uma sociedade que o Estado criou, que é a CV Logística, que actua muito na dimensão de produtos agro-alimentares e pecuários. Se eu quero ser pioneiro em termos de recolha e de transformação de produtos agro-alimentares, conservação e a sua colocação no mercado, eu tenho de ter meios para tal. E então há aqui um conjunto de oportunidades e de necessidades que nos obriga a pensar fora da caixa na vertente da autonomia estratégica, porque se eu quero que os produtos do Fogo e Santo Antão sejam colocados em tempo útil nos hotéis do Sal e da Boa Vista eu tenho de ter meios próprios para responder a isso e não estar dependente. Por isso é que a configuração deste navio será totalmente diferente das actuais ofertas no mercado.

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Será um navio?

Nós temos de começar com um. Começar com um já é muito bom até porque estamos a falar de um negócio de alto risco e neste momento estamos na montagem do dossier visando a sua apresentação ao accionista Estado para que possamos continuar com este projecto que eu acho transformacional, não só para os Correios, mas também para a Cabo Verde. Porque quem desenvolverá o país são os sectores económicos. E para tal, temos de ter uma visão de grandeza. Se pensarmos pequenino nunca mais saímos da nossa pequenez.

Quando lançou a notícia, surpreendeu bastante as pessoas que estavam à sua volta.

Os gestores são pagos para pensarem estrategicamente as organizações que dirigem e, acima de tudo, criarem um valor sólido, sustentável para o futuro. Entendo que os Correios de Cabo Verde sempre tiveram momentos que marcaram este país do ponto de vista da sua contribuição económica e financeira. Basta ver que das maiores empresas a nível nacional actualmente surgiram os Correios. A Cabo Verde Telecom é uma das maiores empresas desse país, orgulhosamente era um departamento dos Correios. A Caixa Económica era um departamento dos Correios. A própria SISP era para ser um departamento dos Correios, aliás, a experiência de pagamentos nasceu nos Correios. De acordo com o momento no tempo, olhando para a dinâmica económica, o que é que está em voga, os Correios posicionaram-se. E neste momento entendo que os Correios estão no seu momento histórico de criar algo que vá transformar Cabo Verde. Eu olho para os Correios como um instrumento, não só económico, mas também de poder de segurança nacional. Para tal, vamos olhar para os bons exemplos. Nos Estados Unidos da América, o US Postal Service é a maior empresa daquele país, emprega 1,1 milhões de pessoas e o Estado não abre mãos daquilo. Vamos ao Reino Unido, Royal Mail, uma das maiores empresas que eu conheço. Vamos a França, Grupo La Poste, a quinta maior empresa da França. A segunda maior empresa alemã é a Deutsche Post, a DHL, é do Estado. O Estado não abre mãos daquilo e utiliza a Deutsche Post para exportação de poder, não só económico, mas também a nível geopolítico, etc., a nível mundial. Aqui em África os Correios são todos grandes instrumentos de poder económico do Estado.

Por que é que em Cabo Verde pode ser diferente?

Acima de tudo, estamos a falar de uma empresa que faz parte do sistema de segurança nacional. Através dos correios entram coisas proibidas no nosso país, se não formos responsáveis naquilo que são as nossas missões, o nosso processo de funcionamento. Portanto, é necessário que percebamos que os Correios não são uma empresa qualquer. É uma empresa que, havendo investimentos fortes, havendo uma visão clara, transforma qualquer sociedade, qualquer país. E, ao mesmo tempo, é um instrumento que o Estado tem em mãos, não só para normalizar a sua economia, mas também exportar poder. Querendo, claro. E, de facto, a forma como a empresa está a ser gerida é nessa dimensão da grandeza. Uma grandeza que tem duas pernas, uma nacional e uma internacional. E aqui não temos nada que queixar do Estado, do governo, enquanto accionista, nos Correios, porque sempre nos criaram todas as condições institucionais para que a empresa possa ser transformada, reformada e, para nós, quando o accionista confia em nós, a forma como temos de retribuir é com resultados.

Essa transformação passa, por exemplo, pela aposta em produtos financeiros, como é o caso dos certificados de aforro?

Nós temos essa visão, mas para tal é preciso que o quadro legal nos permita lá chegar. Eu sei que há um conjunto de iniciativas legislativas em termos de reforma do mercado dos títulos de dívidas públicas, que está no Tesouro, não sei em que pé que se encontra. Mas o objectivo de facto é alargar e diversificar aqueles que podem participar no mercado secundário da dívida pública, ou seja, há um mercado primário onde estão autorizados apenas investidores institucionais, mas quando passar o mercado primário já pode haver mais players. Eu acho que é uma reforma necessária, espero que brevemente esse quadro legal esteja criado, e não só os Correios, mas outros players possam participar nisso.

Recentemente, no Dubai, os Correios foram eleitos para a União Portal Universal. O que é que isto significa e o que é que isto muda nos correios de Cabo Verde?

Quando um país é eleito para um órgão da ONU, a sua visibilidade e credibilidade internacional aumentam muito. Inclusive algumas percepções que eventualmente alguém tenha tido sobre o país. Nós estamos a falar de um pequeno estado insular que, de repente, aparece na lista dos grandes, juntamente com Quénia, juntamente com Etiópia, juntamente com Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, China, Alemanha, Espanha, etc. Portanto, começa-se a perguntar, mas que país é este? Essa curiosidade e vontade em conhecer Cabo Verde eu acho que é um ganho brutal. Nos Correios, com esta eleição, ganhamos uma responsabilidade tremenda. O Conselho de Operações Postais é o órgão responsável para a implementação das decisões técnicas da União Postal Universal, saindo do Congresso. É o órgão que garante a normalização técnica e operacional dos Correios a nível mundial. É o órgão que estuda, que planeia, que propõe e que implementa, de facto, tudo o que tem a ver com a política postal a nível internacional. Quer isto dizer que os Correios de Cabo Verde, através de uma grande equipa, regularmente têm de estar entre Berna, na Suíça e Cabo Verde, ou seja, com os vários grupos a nível internacional a discutir, a planear e a aprovar e a certificar também, ou seja, a apostar na implementação, portanto, dessas medidas. O Conselho tem quatro grandes comités. Cada um deles trata de grandes temas e tem mais de 20 equipas de trabalho. Nós não queremos estar lá só por estar. Queremos ter uma participação qualificada. Mas só com os membros dos Correios não será possível. Para tal, pensámos ir desafiar a rede de ensino superior do país, através dos seus investigadores, através dos seus professores, orientadores e dos seus alunos. Através da academia, acreditamos nós, não só garantiremos a qualidade da nossa participação, mas também a regularidade.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1245 de 08 de Outubro de 2025.

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Autoria:André Amaral,11 out 2025 8:27

Editado porJorge Montezinho  em  11 out 2025 15:28

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