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"Há uma vontade expressa por este Governo e pelo Parlamento de aperfeiçoar os mecanismos bilaterais para que haja cada vez mais inter-relação e para que o facto de fazer parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) signifique alguma coisa para a vida das pessoas", disse Eduardo Ferro Rodrigues.
O presidente do parlamento português falava, na cidade da Praia, à saída de um encontro com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, última etapa da visita de dois dias de Ferro Rodrigues ao país.
Ressalvou, no entanto, que uma coisa é a mobilidade acrescida entre os jovens, empresários e universidades dos dois países, e outra é a "necessária articulação" nesta matéria entre Portugal e a União Europeia que, segundo disse, "levanta um conjunto de questões que não dependem do Governo português, nem da Assembleia da República".
Fazendo o balanço dos dois dias de visita, Ferro Rodrigues sublinhou os resultados que ficam de uma viagem "extraordinária".
"As decisões tomadas vão permitir um desenvolvimento ainda mais forte das relações entre os dois parlamentos e o acordo de cooperação parlamentar vai permitir que aprendamos e que utilizemos bem as oportunidades que nos dão as novas tecnologias de comunicação para uma relação mais forte entre os parlamentos e as opiniões públicas", disse.
O acordo assinado segunda-feira tem a duração de quatro anos e prevê a cooperação em áreas da segurança, formação e assistência técnica, com visitas, intercâmbios e missões de estudo entre os dois países.
Entre outros pontos, está previsto o apoio português ao projeto de comunicação parlamentar e à instalação da televisão do parlamento cabo-verdiano.
Ferro Rodrigues fez-se acompanhar pelos vice-presidentes da Assembleia da República, os deputados José Manuel Pureza e Teresa Caeiro, e pelos presidente e vice-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal - Cabo Verde, deputados Carlos César e Pedro Pimpão.
