UCID não ficou surpreendida com resultados do estudo da Afrosondagem

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,27 abr 2018 7:09

António Monteiro
António Monteiro

​O líder da UCID, António Monteiro, disse quinta-feira que não ficou surpreendido com os dados avançados pela Afrosondagem sobre a qualidade da democracia e governação em Cabo Verde.

“Nos últimos anos, ainda na governação anterior (do Partido Africano da Independência de Cabo Verde) e com reforço nesta governação (do Movimento para a Democracia) chamámos a atenção sobre a qualidade da nossa democracia”, lembrou o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática, para quem a democracia vai “muito para além da liberdade de as pessoas se expressarem sobre aquilo que pensam”.

Segundo ele, quer durante a governação anterior, quer agora, o seu partido tem chamado a atenção no sentido de se dar “sinais muito claros” que, realmente, a democracia não será “irreversível”.

“Infelizmente, os sinais que tivemos e, ainda temos, não são nada animadores”, indicou o presidente dos democratas-cristãos que descarta que a “guerrilha” política no Parlamento seja responsável pela má impressão que os cabo-verdianos têm do sistema democrático cabo-verdiano.

Na sua perspectiva, em algumas câmaras municipais do país os munícipes não se sentem representados.

“Muitos munícipes sentem-se espezinhados e são estes somatórios que acabam por dar esta noção pessimista e extremamente negativa da democracia em Cabo Verde”, indicou António Monteiro, acrescentando que os políticos não estão a fazer aquilo que deveriam fazer para a melhoria da democracia.

Por isso, considera “real” a percepção que os cabo-verdianos têm da sua democracia.

Relativamente à governação, em que a maioria dos cabo-verdianos considera que o país vai no sentido errado, António Monteiro acha que o executivo de Ulisses Correia e Silva colocou uma fasquia “extremamente alta”, tendo apresentado um programa político eleitoral “muito ambicioso”. Para Monteiro, as pessoas acreditaram que as promessas feitas durante as campanhas eleitorais seriam realizadas em tão pouco tempo e isto não está a concretizar-se.

“O Governo prometeu a despartidarização da Função Pública e fez pior do que o Governo anterior”, lamenta, para depois lembrar que o executivo de Ulisses Correia e Silva garantiu que ia criar um número de empregos que não está a conseguir atingir.

De acordo com o líder dos democratas-cristãos, o Governo prometeu mais segurança, mas o que se está a verificar é uma “realidade que não abona a favor de Cabo Verde”.

Sobre a medida no sentido de isentar de vistos aos cidadãos europeus, sobre a qual mais de 50% dos cabo-verdianos se manifestaram contra, António Monteiro diz “respeitar” a posição dos seus concidadãos, mas apoia a decisão do executivo de Ulisses Correia e Silva.

“Cabo Verde tem feito uma aposta forte no turismo e, tendo em conta que os países nossos concorrentes directos oferecem estas condições aos turistas, do ponto da vista da UCID, o Governo andou bem nessa matéria”, declarou Monteiro.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,27 abr 2018 7:09

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  27 abr 2018 15:10

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