José Gonçalves garante que o processo vai continuar.
“A ARAP, que é a entidade competente, entendeu que o argumento apresentado por este proponente não merecia a sua aprovação, daí que julgou improcedente. O concurso vai em frente, a ARAP já se pronunciou e nós estamos a cumprir com aquilo que é a lei e regulamentos nacionais, sem prejuízo de um privado eventualmente vir a questionar por outras vias”, explica.
Esta não é a primeira contestação apresentada no decurso do concurso internacional de concessão. Há alguns meses, também a Polaris já havia recorrido, à data da sua exclusão, numa fase inicial do processo.
José Gonçalves fala em falta de realismo e afirma que a nível nacional não têm existido condições financeiras para montar o investimento necessário.
“Não é a primeira vez que isto acontece, só está a atrasar a solução definitiva dos transportes marítimos inter-ilhas (...) Se calhar, falta algum realismo. Não é pouca monta o investimento. Estamos a falar de cinco barcos, só em embarcações estamos a falar de cerca de 35 milhões euros necessários para investir, fora o aspecto de negócio, ou seja, 40 milhões ou mais para montar esse negócio. Sempre aconselhámos o nosso sector privado a procurar parcerias para viabilizar um empreendimento desta envergadura. Não têm havido condições a nível nacional para montagem financeira de tal investimento”, afirma.
CV Line do Grupo Sousa, Transinsular (Grupo ETE) e o agrupamento WAS Line/ ANEC Lines/ Marlow Navigation são as empresas e consórcios que seguem no concurso que determinará a concessão do transporte de passageiros e cargas inter-ilhas pelo período de 20 anos.