Manuel Faustino fez estas declarações à margem da assinatura de um protocolo com a operadora de telecomunicações Unitel Tmais, no âmbito da campanha “Menos Álcool, Mais Vida”, promovida pela Presidência da República.
“Há medidas legislativas que nos parecem fundamentais porque é importante divulgar, sensibilizar, estudar, mas é importante agir”, disse Manuel Faustino, afirmando que às vezes se depara com uma situação paradoxal em que as pessoas reclamam pelo facto de a campanha dizer que é preciso reduzir e, entretanto, há, por outro lado, actores diversos a fazerem promoção do álcool.
Para este responsável, há “alguns elementos” que precisam ser melhor articulados e “o Parlamento poderá ter um papel decisivo, senão histórico”.
“O Governo já deu sinais. Mas o Parlamento tem um espaço fundamental em que pode fazer história. E, ao lado do Parlamento, as câmaras municipais têm um papel extraordinário”, acrescentou.
Questionado sobre se há uma resistência das câmaras municipais, Manuel Faustino respondeu que as autarquias estão em níveis diferentes.
“Há câmaras com posições muito claras, há outras que têm consciência, mas têm algumas dificuldades. Nós reconhecemos que a questão não é linear, agora nós queremos ajudar a identificar as dificuldades para serem ultrapassadas”, ajuntou.
O chefe da Casa Civil da Presidência da República informou ainda que se pretende declarar 2019 como o ano de eliminação do uso abusivo do álcool.