Em carta, o chefe de Estado afirma que foi com “profundo regozijo” que recebeu a notícia de que o arcebispo português, bibliotecário e arquivista da Santa Sé, será feito cardeal no próximo dia 05 de Outubro.
“Para nós, povos de língua portuguesa, irmanados numa história e cultura comuns, é uma enorme alegria sabê-lo parte dos 13 novos cardeais, chamados para funções da mais alta importância, nos destinos do Vaticano e da Igreja Católica no mundo”, lê-se do documento.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, a sua “personalidade e particular humanismo” são, assim, “superiormente reconhecidos”, a que se junta a sua qualidade de homem de letras, nesta língua comum, condição que particularmente “toca a todos”, aliada ainda à sua “promissora juventude”.
Para o Presidente da República, a Igreja Católica de Cabo Verde também “sai a ganhar” com a elevação de José Tolentino de Mendonça ao cardinalato, bem como a sua condição de “pensador e de homem ilhéu”, comungando, assim, desta “forma particular de ver e sentir o mundo à volta”.
O arcebispo madeirense torna-se no sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no actual pontificado, passa a ser o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício, logo após Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52 anos.
José Tolentino Mendonça nasceu em 1965 na localidade de Machico, no Arquipélago da Madeira (Portugal), foi ordenado padre em 1990 e bispo no dia 28 de Julho de 2018, no Mosteiro dos Jerónimos, quando completava 28 anos de sacerdócio, recebendo simbolicamente a sede episcopal de Suava, no norte de África.