Augusto Neves recorda que a zona se sustenta nas potencialidades da ilha.
“Um ambiente político e económico estável, combinado com interesses estratégicos para o crescimento da economia marítima. O foco será o desenvolvimento portuário, reparação e construção naval, pesca, turismo e energias renováveis. Há necessidade de reforçar determinadas infra-estruturas, de promover a construção de novas, reforçar a capacidade endógena da ilha e fortalecer os laços económicos com outras ilhas do arquipélago”, afirma
A zona de Saragarça receberá várias infraestruturas. Augusto Neves sublinha a relevância da preparação do sul da ilha para receber um segundo município.
“A elaboração do plano director municipal e dos PDS do Calhau e da Saragarça nos impela à organização de infra-estruturas a todos os níveis, com vista à preparação do sul da ilha a um futuro município, estruturado de raiz, pela primeira vez na história de Cabo Verde”, sublinha.
O projecto da Zona Económica Especial de Economia Marítima tem execução prevista durante um período de 15 anos, num investimento estimado em cerca de 2 mil milhões de dólares.
Questionado sobre o andamento dos trabalhos, o vice-coordenador, Paulo Lopes da Silva, afirma que neste momento aguarda a conclusão do processo legislativo.
"Só depois da aprovação da legislação é que eventualmente começaremos a trabalhar nos planos de pormenor e estabelecer claramente a estratégia de implementação”, aponta.
A ZEEEM resulta de uma “parceria estratégica” entre Cabo Verde e a República da China, que apoiou a elaboração do estudo de viabilidade e do macroplaneamento.
O projecto é aberto e a ideia “é captar o máximo de parceiros para a sua materialização”.