Abraão Vicente que discursava durante a cerimónia da assinatura do protocolo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), proferiu que, para isso, é preciso um “olhar especializado” sobre o sector da cultura e perceber a mais-valia que o sector das artes pode trazer para o mesmo.
Para o governante, ao conseguir colocar um modista, um artista plástico, um cantor num mercado de “larga escala”, Cabo Verde terá “valores extraordinários”.
“Basta pensarmos que sectores dos direitos de autor tem 9 bilhões de contributos na economia mundial, mas a África no seu total desses 9 bilhões só consegue capitalizar 272 milhões. Isto significa que Cabo Verde não consegue capitalizar nada”, manifestou.
Nesse aspecto, o ministro apontou Cesária Évora, Bana e compositores nacionais que, actualmente, “contribuem” para a economia de outros países. Isso, conforme referiu, para mostrar que a formação poderão levar a uma gestão especializada de quem cria em Cabo Verde e a partir daí perceber os mecanismos a partir das quais pode cobrar os seus direitos e poder monetizar a criatividade.
Conforme fez saber o ministro, o sector da cultura pode também ajudar o IEFP e os restantes sectores a capitalizar, através de novos segmentos de conhecimento que poderão ser trazidos para o país.
Por seu turno, o presidente do IEFP, Paulo Santos referiu o plano estratégico da instituição num horizonte temporal 2018 e 2022 que irá, nos próximos anos, contribuir para o crescimento económico de Cabo Verde, sendo uma das economias a área criativa.
A vertente cultural, acredita Paulo Santos, será mais uma aposta de uma parceria estratégica com o ministério da Cultura.
“Da nossa parte a nossa equipa técnica está totalmente disponível. E deixei bem claro no encontro que nós fizemos… sugerimos essa parceria e trabalhar com um plano de acção completo. Um plano de acção com cronograma, com crédito para podermos acompanhar a evolução da implementação desse importante projecto”, garantiu.