Luís Filipe Tavares falava à imprensa para fazer o balanço da reunião com Embaixadores e Chefes de Missão no exterior, via vídeo-conferência.
Face ao número já elevado de óbitos, o chefe da diplomacia exortou os cabo-verdianos em todos os países do mundo, nomeadamente nos EUA, a cumprirem rigorosamente as recomendações e instruções das autoridades sanitárias e políticas dos respectivos países de acolhimento.
Conforme informou, há muitos cabo-verdianos infectados nos EUA e só na cidade de Brockton já se registaram mais de 30 óbitos.
As associações cabo-verdianas nos EUA, disse, estão a trabalhar com o Consulado Geral e com a Embaixada em Washington para minorar o sofrimento dos cabo-verdianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros fez saber ainda que há vários pedidos de repatriamento, em vários países, e que o governo vai analisar “com toda a normalidade” caso a caso para tomar as melhores medidas em função daquilo que são as possibilidades.
“Neste momento não há voos (...). Nós vamos analisando e acompanhando, é claro que registamos todos esses pedidos. Temos pedidos de Brasil, de Portugal, da França, de Bélgica, dos EUA, de vários países, nós vamos analisar com muita responsabilidade e encontraremos com os nossos embaixadores e com os países de acolhimento dessa enorme diáspora, as melhores formas para conseguirmos resolver este problema”, assegurou.
Quanto aos cabo-verdianos que trabalham no estrangeiro e que ficaram presos no país, Luís Filipe Tavares garantiu que o governo está a trabalhar com as embaixadas, mas também com os países de acolhimento, para encontrar as melhores soluções para os diferentes casos.
“São situações muito complexas, mas o governo está a trabalhar com muito empenho. Razão pela qual fizemos essa vídeo -conferência, e vamos também trabalhar com os países de acolhimento para o apoio social importante que deve ser dado às nossas comunidades, mas também ver, através das nossas associações e de empresários cabo-verdianos, como chegarmos mais próximo das pessoas que mais sofrem”, finalizou.