A secretária-geral adjunta do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Paula Moeda, disse que “diante desta situação inesperada e imprevisível” cabe ao Governo rever esta posição, com o argumento que vai condicionar o turismo, a deslocação das pessoas e a economia.
“Cabo Verde já teve muitos apoios em relação ao covid-19 por parte de organizações e de países estrangeiros. Nós contamos que parte destes apoios também sejam canalizados para um preço mais razoável que a população possa suportar para deslocar-se”, reportou a dirigente do principal partido da oposição.
Diante desta situação “inesperada e imprevisível”, denunciou que não tem sido fácil as próprias instituições de saúde darem resposta aos testes, afirmando mesmo que os passageiros têm sido confrontados com situações muito difíceis de não terem os resultados dos exames no dia do embarque nos voos internacionais.
Outrossim, revelou que se for comparado com os bilhetes de passagem internos, os custos para testes PCR correspondem a vários bilhetes dos voos domésticos e exortou o executivo no sentido de rever esta situação e fazer uma comparticipação “lá onde for possível e na instituição que couber”.
Paula Moeda fez questão de sustentar que Cabo Verde é um país muito vulnerável e que realmente a população precisaria de uma comparticipação do Estado para enfrentar este momento motivado pela pandemia do novo coronavírus da covid-19
A Entidade Reguladora Independente da Saúde fixou em 14 mil escudos o preço máximo dos testes PCR para efeitos de viagens internacionais.
Segundo o Governo, ficam isentos os doentes transferidos para tratamento médico e respectivos técnicos de saúde acompanhados, os estudantes que tenham de prosseguir os estudos no estrangeiro e as crianças menores de 12 anos.
A deliberação, publicada quarta-feira, no Boletim Oficial, entrou em vigor na quinta-feira, e vigora durante o contexto da pandemia da covid-19.