Luís Filipe Tavares falava hoje à imprensa depois da cerimónia em que conferiu posse à Representante Permanente da República de Cabo Verde junto do Escritório das Nações Unidas e de outras Organizações Internacionais, com sede em Genebra, Clara da Luz Delgado.
“Nós queremos aprofundar vários dossiers que nós temos junto dos organismos das Nações Unidas, ela falou agora da OMS, desde logo a questão das vacinas, nós estamos empenhados para iniciar o nosso plano nacional de vacinação, a OMS é uma parceira muito importante de Cabo Verde, Organização Internacional de Comércio (OIC), mas também Organização Internacional de Trabalho, enfim todas as organizações internacionais das Nações Unidas que têm sede em Genebra”, disse.
Conforme o governante, Clara da Luz Delgado vai ser ainda a embaixadora junto da Confederação Helvética e vai ocupar-se das relações bilaterais entre Cabo Verde e a Suíça.
O Governo, referiu Luís Filipe Tavares, tem, com a Confederação Helvética, vários dossiers “em cima da mesa” desde a área de Saúde, Segurança Social e Diplomacia Económica.
“Queremos ter um acordo para evitarmos a dupla tributação, e a protecção recíproca de investimentos com a Confederação Helvética, temos interesse nas áreas das energias renováveis, na área do desenvolvimento daquilo que nós pretendemos desenvolver em Cabo Verde, ser um país de plataforma em matéria de negócios em assuntos financeiros. A Suíça é uma plataforma internacional em matéria de finanças mas também em matéria económica”, proferiu.
O ministro os Negócios Estrangeiros e Comunidades afirmou ainda que Cabo Verde pretende manter um diálogo político de alto nível com a Suíça e que vai continuar a trabalhar para que, através das instruções que deu à nova embaixadora e outras que vai dar, aprofundar essas relações tanto com a Confederação Helvética, como junto dos organismos das Nações Unidas que têm sede em Genebra.
Por sua vez, Clara da Luz Delgado disse que vai focar nos organismos internacionais com os quais Cabo Verde tem uma cooperação mais estreita e onde se possa ver resultados mais “palpáveis”. A diplomacia económica, conforme garantiu, terá a sua melhor atenção.
“A diplomacia económica estará presente na nossa linha de actuação e terei uma carta de missão que o senhor ministro me entregará no dia 4, quando tivermos um encontro mais aprofundado, falaremos das instruções que ele pretende dar antes da minha partida. A diplomacia económica é uma bandeira que em todos os países onde os diplomatas são colocados, devemos defender, atracção de investimentos e procurar protecção, acordos de protecção recíproca de investimentos onde o diplomata estiver”, frisou.