Jorge Carlos Fonseca fez esta afirmação na sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da Língua Materna, assinalado hoje, 21 de Fevereiro.
“Estou seguro de que a língua cabo-verdiana não está em risco, mas enfrenta desafios de outra natureza, como a problemática da sua relação com a língua portuguesa, que tem dificultado o domínio correcto desta, que é nossa língua oficial e a normatização de diversos aspectos da língua materna”, escreveu.
Conforme frisou, é necessário que se realizem estudos numa perspectiva multidisciplinar que apontem caminhos seguros a serem seguidos.
“Seria muito bom que essa perspectiva fosse assumida com determinação, do mesmo modo como o deverá ser a da realização do desidrato que comando constitucional obriga, relativamente à língua materna cabo-verdiana”, frisou.
O Chefe do Estado referiu ainda que na sua historicidade, a língua tem estado sujeita a influências de ordem económica, política, cultural e psicológica que contribuem para que assuma contornos diferentes ao longo dos tempos, sem, contudo, perder a sua essência.