Entre apoios e críticas às candidaturas

PorInforpress, Expresso das Ilhas,5 out 2021 11:42

Na passada segunda-feira, Neves recebeu o apoio de Cláudio Silva no Tarrafal, Veiga defendeu a liberdade de expressão e de apoio dos políticos, enquanto Casimiro de Pina criticou os candidatos com apoio partidário, denunciando poluição sonora e esbanjamento dos recursos financeiros. Fernando Delgado considerou que “não faz sentido” falar-se agora em debate a dois e Gilson Alves acredita que os mindelenses “estão fartos” da dicotomia de dois partidos.

José Maria Neves recebeu, no Tarrafal, o apoio político de Cláudio Silva, que nas legislativas de Abril liderou a candidatura do Partido Trabalho e Solidariedade (PTS) nas eleições legislativas.

Cláudio Sousa, que juntamente com o presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José Reis, acompanhou o candidato num comício na cidade de Mangue, explicou que apoiar José Maria Neves foi uma decisão “muito ponderada”, já que tinha convites de três candidatos em cima da mesa.

Apesar de admitir ser um dos “maiores críticos” do ex-primeiro-ministro, afirmou que teve a humildade necessária para reconhecer que de entre os sete candidatos que estão na corrida presidencial José Maria Neves é aquele que está mais bem preparado para ser Presidente da República e garantir o equilíbrio na governação.

Entretanto, Carlos Veiga apelou à “união de todos para fazer avançar o país”, num momento em que se aguarda com alguma expectativa o resultado do ano agrícola, e que o país passa pela crise sanitária provocada pela COVID-19.

Ao quinto dia de “estrada”, a comitiva de Carlos Veiga contou com forte suporte do presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, Ângelo Vaz. Na ocasião afirmou que p autarca se encontra no terreno como um “amigo de longa data”, filho de um dos maiores activistas do MpD, sem qualquer utilização dos recursos do Estado, para apoiar a sua candidatura.

“Se em tempo da campanha eleitoral temos a liberdade de expressão e liberdade de apoio, não podemos impedir os políticos da sua liberdade”, explicou Veiga, que ainda no período da manhã esteve em contactos com o eleitorado de São Lourenço dos Órgãos, antes de se deslocar à Cidade Velha.

Por seu turno, Casimiro de Pina voltou a criticar os candidatos com apoio partidário pela forma como estão a conduzir a campanha afirmando ser uma “autêntica vergonha”.

Em conferência de imprensa, Casimiro de Pina denunciou a poluição sonora provocada pelo barulho “intenso” dos aparelhos e a forma como estão sendo esbanjados os recursos financeiros numa época em que os cabo-verdianos ainda estão a viver os efeitos da pandemia.

“Estes candidatos parecem que não estão minimamente preocupados com isso, pela forma como andam a gastar dinheiro. Isto é ofensivo para as classes mais desfavorecidas e que vivem com muitas dificuldades”, ressaltou, solicitando mais respeito pelos eleitores cabo-verdianos.

São Vicente e Santo Antão

Em Santo Antão, Joaquim Monteiro classificou “positivo” os três dias de campanha na ilha, “não obstante se tratar de uma ilha essencialmente rural”, pedindo a população “um voto de certeza para o futuro de Cabo Verde”.

Em relação a propostas para o município do Paul, Joaquim Monteiro disse que vai influenciar para conclusão da estrada “não acabada” e do cais de pesca que ao longo dos 46 anos não foram reabilitados.

Relativamente à agricultura, o candidato presidencial notou que embora seja “pujante”, precisa ser subsidiada pelo Estado e com a ajuda das câmaras municipais.

Já Fernando Delgado considerou que “não faz sentido” falar-se agora em debate a dois entre os sete candidatos e “rasgar o acordo” que foi assinado por todos, “em tempo útil”.

Delgado reagia ao que disse ter ouvido de “alguns candidatos”, os quais “só agora”, com a campanha eleitoral a decorrer, e depois de um primeiro debate a sete, a 29 de Setembro, vêm mencionar debates dois a dois.

“Haverá um segundo debate entre todos os candidatos, assim como foi combinado e assinado, mudar agora, como parece ser o desejo de alguns candidatos, é mexer em regras de um jogo quando o mesmo já vai perto do intervalo”, concretizou o candidato.

Por outro lado, Gilson Alves acredita que os mindelenses “estão fartos” da dicotomia de dois partidos existente no país, já identificaram o “mal” e agora “precisa-se de uma mudança”.

Após três dias de actividades na ilha de Santo Antão, Gilson Alves desembarcou na manhã de segunda-feira na ilha de São Vicente, tendo logo de seguida iniciado acções de campanha, porta-a-porta, por zonas como Fonte Francês, Bela Vista e Ribeira Bote.

“Toda gente já sabe que o que está mal é a criação de duas elites, é transformar política num grande trabalho, num grande emprego, bem pago e com grandes regalias”, sustentou, fazendo analogia entre a política e o tráfico de drogas pesadas, que “pode ser visto pelos jovens como uma boa alternativa para fazer dinheiro”.

Ainda na segunda-feira, Hélio Sanches chegou à ilha de São Vicente onde prometeu ser um “aliado forte” para o avanço da regionalização na ilha do Monte Cara e de Cabo Verde.

Hélio Sanches, que foi recebido no Aeroporto Internacional Cesária Évora ao som de batucada protagonizada por um grupo de jovens, mostrou-se entusiasmado com a recepção e confiante que os mindelenses estão com a sua candidatura.

“Neste momento, o mais importante para mim é trazer a mensagem de esperança, e, como Presidente da República, toda aspiração legítima do povo de Mindelo vai ser concretizada na medida do possível, neste caso a regionalização”, apontou.

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Autoria:Inforpress, Expresso das Ilhas,5 out 2021 11:42

Editado porAndre Amaral  em  10 jul 2022 23:28

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