"Eu acho que olhando para o cenário de forma muito objetiva e realista, creio que em Junho de 2022 teremos tudo pronto para arrancar", afirmou Olavo Correia.
O empreendimento, em construção na cidade da Praia e que chegou a ter conclusão prevista para este ano - condicionada nos últimos meses pela pandemia de covid-19 -, foi visitada durante a tarde desta segunda-feira pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, bem como o Data Center do país e o NOSi (Núcleo Operacional da Sociedade de Informação).
"O problema não é só as obras de engenharia civil, depois tem os equipamentos, todo o sistema de funcionamento das instalações, o recrutamento dos recursos humanos. Portanto, o prazo limite é Junho de 2022 para termos tudo pronto para iniciarmos com a operação de forma completa e de forma abrangente, com todas as valências que fazem parte do Parque Tecnológico", afirmou Olavo Correia, questionado pela Lusa.
O Parque Tecnológico é um projeto financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Estado de Cabo Verde, tendo as obras arrancado em 2015.
Olavo Correia acrescentou que o empreendimento "será extremamente importante para a economia digital e para a transformação digital" de Cabo Verde, e que permitirá atrair empresas tecnológicas internacionais para o arquipélago.
"Porque vamos criar aqui a chamada Zona Económica Especial Tecnológica, com incentivos fiscais, parafiscais e outros, para atrairmos empresas de grande porte, internacionais, para domiciliarem aqui e para ajudar as nossas empresas, 'startups', a serem mais competitivas, a testar soluções em Cabo Verde e depois exportar para outros mercados, nomeadamente na nossa sub-região da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]", disse ainda.
Para Olavo Correia, a conclusão do Parque Tecnológico será um passo "gigantesco" para o desenvolvimento de Cabo Verde.
"É uma área que tem futuro, temos jovens qualificados, temos competências nacionais e na nossa diáspora. Cabo Verde tem todas as condições para ser realmente um 'hub' tecnológico, sobretudo como porta aberta para o vasto mercado da CEDEAO e do continente africano", concluiu.