“O balanço é positivo. Estamos orgulhosos, porque o parlamento d CEDEAO escolheu Cabo Verde para acolher o evento. Tivemos uma excelente cerimónia de abertura e os trabalhos decorreram na normalidade, com participação activa dos deputados, mas também dos convidados e dos peritos que apresentaram diferentes temas durante esses dias na reunião da Comissão Mista da CEDEAO. Aprovamos o relatório”, disse à imprensa, à margem do encerramento do evento.
Segundo Orlando Dias, a CEDEAO recomenda que os Estados africanos apostem fortemente na educação, olhar para as questões jurídicas de modo a facilitar uma sã convivência entre as diferentes religiões que existem no continente. Também se apela ao exemplo de Cabo Verde onde há uma convivência saudável entre as religiões.
“Também há outros sectores que são conexos à essa questão, a questão do próprio desenvolvimento, a luta contra a pobreza, a luta contra o desemprego, a melhoria da qualidade das condições de vida das pessoas, o reforço da segurança, o reforço da integração económica, social e política na nossa sub-região, a boa governação, a democracia, a gestão criteriosa dos bens públicos, todos esses factores permitem que, de facto, as pessoas tenham uma sã convivência e evitar conflitos a esse nível”, avançou.
Conforme referiu, há países que merecem uma atenção especial, como é o caso da Nigéria com duas grandes religiões, cristã e muçulmana, e o grupo Boko Haram, que tem estado a praticar actos de violência que deve ser combatido.
Mali, Guiné Conacri e Burquina Faso também merecem uma atenção especial devido à instabilidade política que faz com que haja conflitos religiosos.
“Para além disso é preciso haver sempre troca de experiências dos países, as instituições da CEDEAO têm um papel importante nisso para o reforço da Paz, da Segurança, da estabilidade dos nossos países”, pontuou.