Em declarações aos jornalistas, momentos antes de proferir uma Aula Magna na Cidade Velha, sobre “O papel do poder público na preparação das Cidades do Futuro – Que Habitat para Cabo Verde”, a governante explicou que o montante vai ser implementado em projectos de desencravamento das localidades com potencial económico.
“O PRRA foi concebido para 11 milhões de contos, e neste momento estamos a 60% e não temos mais financiamento para continuar, daí que neste momento já há um conforto do lado do Banco Mundial que vai nos apoiar na segunda fase do PRRA, com 35 milhões de dólares, mais ou menos 4 milhões de contos”, referiu.
Segundo disse a ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, a ideia é trabalhar num quadro programático, levar projectos a essas comunidades e fazer com que este destino seja trabalhado de forma integral com investimento.
Entretanto, a ministra adiantou que neste momento já foram feitas intervenções de requalificação em quatro orlas marítimas, sendo que o programa PRRA prevê sete.
Por outro lado, disse ainda que o Governo está a implementar com os municípios vários programas para levar a sociedade e as comunidades a absorverem e assumirem uma cidade e habitat diferente no futuro.
A aula acontece no âmbito do Dia Mundial do Habitat, este ano celebrado sobre o tema “Diminuir desigualdades sem deixar ninguém ou lugar para trás”, e, segundo a ministra, constitui uma oportunidade para partilhar com os participantes sobre o funcionamento do espaço territorial, leis sobre a organização territorial de modo a ter cidades mais seguras, resilientes e limpas.
O PRRA está presente em todos os municípios e investe no desencravamento de localidades com potencial agrícola e turístico e em infraestruturas de pescas, nomeadamente em arrastadouros, criando condições para melhorar o desempenho da atividade agrícola, turística e piscatória com impacto sobre a economia das localidades, a produção, o emprego e o rendimento das famílias.