“Felizmente, a situação já está sob controle das legítimas autoridades do país. Condenamos veementemente esta tentativa de ruptura constitucional e solidarizamo-nos inteiramente com o Presidente da República, o Governo e o Povo de São Tomé e Príncipe” escreveu José Maria Neves no seu Facebook.
Por seu turno, o governo manifestou a sua preocupação através de um comunicado enviado à comunicação social.
“O Governo de Cabo Verde manifesta a sua inteira solidariedade às autoridades de São Tomé e Príncipe, e espera que a normalidade institucional e a estabilidade possam ser imediatamente retomadas em São Tomé e Príncipe, repondo os valores fundamentais do Estado de Direito democrático”, lê-se.
Um grupo de homens terá invadido esta noite o quartel militar de São Tomé e Príncipe, fazendo um refém e um ferido grave, tendo o ataque sido neutralizado ao início da manhã por volta das 6h00 da manhã (05h00 em Cabo Verde), com a detenção dos elementos e já foi aberto um processo de investigação, disse à Lusa fontes locais.
Segundo fonte médica, durante o ataque, um homem ficou ferido com gravidade devido a agressões, mas já se encontra a recuperar.
A mesma fonte adiantou que os assaltantes tinham idades entre os 21 e os 24 anos e tiveram ajuda de “alguns soldados internos, que permitiram a entrada no quartel”.
O ex-presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, foi detido esta manhã, conforme anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
“O Estado Maior informou-me que detiveram algumas pessoas, na base de declarações do primeiro grupo de quatro [atacantes] que foi detido e neutralizado. Alguns nomes mais conhecidos, Arlécio Costa, está detido no quartel e Delfim Neves também está detido no quartel”, avançou o primeiro-ministro, citado pela Lusa.
De referir que estava prevista uma visita a Cabo Verde de três dias do chefe de Estado de São Tomé e Príncipe a partir do próximo domingo.
Entretanto, segundo a RCV, a visita foi cancelada devido aos últimos acontecimentos.