Em conferência de imprensa realizada na cidade da Praia, a vice-presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do PAICV, Paula Moeda, sublinhou que o país enfrenta uma onda de criminalidade jamais vista que assume características cada vez mais sofisticadas e atinge a todos.
“É um grito de dor e de indignação para com o silêncio, a passividade, as intenções, as promessas e programas sem resultados de um Governo que ainda não encontrou a fórmula que sustente com eficácia as suas políticas que falham e se esbatem na dura realidade das famílias cabo-verdianas. É preciso rever urgentemente as medidas de política deste Governo para que possam realmente fazer a diferença para melhor na vida de cada um e de todos colectivamente”, indicou.
A vice-presidente da CPRSS defende que é preciso criar um sistema de subsidiação, consistente e permanente, das organizações da sociedade civil que exercem a sua actividade nas comunidades e fazem um trabalho de proximidade junto das famílias.
“Estas organizações de voluntariado passam por grandes dificuldades para garantirem a sua sustentabilidade. Elas são parte fundamental na prevenção, informação e formação a nível local. A chave do problema da criminalidade que assola o país e fustiga a Cidade da Praia não reside apenas nos pós - crime com aplicação de medidas coercivas e repressivas mas fundamentalmente na melhoria das condições de vida, em medidas de prevenção e protecção às famílias”, considerou.
Paula Moeda questiona “por onde andam os programas de luta contra o álcool e as drogas, o programa de reinserção social, os programas Escola Segura, policiamento de proximidade, os equipamentos de vídeo - vigilância e o programa Cidade Segura”?
“Uma resposta eficaz a estes questionamentos são determinantes para debelar este flagelo num combate sem tréguas a todo o tipo de violência para podermos cumprir os direitos fundamentais consignados na Constituição da República. Precisamos de uma Praia com paz e segurança duradouras e um País onde se deseja viver”, explicitou.
A vice-presidente da CPRSS reitera que o PAICV apoia os programas de segurança direccionada a época festiva, mas sublinha que para fazer face à criminalidade é necessário programas "sólidos consistentes" 365 dias por ano para combater a insegurança social.
“Não é o que queremos, queremos muito mais. Não podemos continuar a viver com programas pontuais para a quadra festiva, nós queremos programas sólidos consistentes 365 dias por ano para debelar este flagelo”, acrescentou.