​Joana Rosa leva “mensagem de conforto” às reclusas da Cadeia Central da Praia neste final do ano

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,31 dez 2022 8:55

A ministra da Justiça, Joana Rosa, levou esta sexta-feira uma “mensagem de conforto” às reclusas da Cadeia Central da Praia, neste final do ano, através de um almoço organizado pelas reclusas, em São Martinho Pequeno.

Em declarações à imprensa, Joana Rosa assegurou que o almoço se enquadra no convite feito pelas reclusas e que aproveitou a oportunidade para levar uma “mensagem de conforto”, para se sentirem “mais animadas”.

“Estamos no final de ano que é uma época muito especial e de reflexão, vim falar com elas sobre a retrospecção do mal que fizeram e como corrigi-lo, porque devem ter essa apreciação de correção dos erros que fizeram a sociedade”, explicou a ministra.

Ainda referiu que o encontro com as reclusas serviu como dinâmica da aproximação da ministra com as reclusas e os reclusos no seu todo.

“Tenho estado a visitar todas as cadeias regionais e centrais do País para passar sempre esta mensagem de conforto, mostrar todos os investimentos que o ministério tem estado a fazer visando a humanização das cadeias, a implementação de algumas regras”, sintetizou Joana Rosa.

Para isso, a ministra lembrou igualmente que o Governo está a formar seguranças prisionais em várias temáticas, como a mediação de conflitos e humanização, com intuito de criar melhores condições porque segundo a mesma são seres humanos que perderam a liberdade, mas não perderam a dignidade.

Questionada sobre o número de reclusas que estão no estabelecimento prisional da Praia, a ministra afirma que são 17, um número incomparável com os homens que tem um número superior às reclusas, que ronda à volta de 1400 reclusos, “um número elevadíssimo”.

A ministra da Justiça avançou ainda que o seu ministério tem estado a trabalhar no novo sistema da informação prisional, no sentido de dar resposta a melhor gestão dos estabelecimentos prisionais, para se conhecer mais a fundo o perfil de cada recluso.

Por exemplo, exemplificou, quem entrou, porque entrou e o que cometeu, e só depois fazer o acompanhamento por cada crime, com diversos especialistas, de acordo com o crime cometido.

Joana Rosa avançou ainda que no início do próximo ano as reclusas vão ter um ateliê na disponibilidade delas para o aprimorar o conhecimento em áreas de costuras, tecelagem, artesanato e músicas, que, segundo a ministra, são soluções para passarem os seus dias na cadeia de uma forma “mais leve possível”.

Ao sair, precisou, para a convivência social vão ter uma vida “mais digna”, sabendo que têm condutas impróprias que são sempre corrigidas e que devem ter uma conduta própria a não se envolverem na criminalidade.

Duas reclusas falaram à imprensa e revelaram “satisfação” em receber a visita da ministra Justiça para o almoço e aproveitaram para agradecer a mesma e a todos as pessoas e as organizações que têm estado a efectuar visitas, ao mesmo tempo que apelam aos cabo-verdianos e não só a terem um “comportamento saudável” para não chegar aonde elas estão agora, porque é um lugar que não desejam a ninguém.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,31 dez 2022 8:55

Editado porFretson Rocha  em  22 set 2023 23:28

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