Em declarações à imprensa, momentos antes da abertura da conferência internacional intitulada “Democracia, um compromisso de todos”, no âmbito da comemoração do 13 de Janeiro, “Dia da Liberdade e da Democracia”, o Chefe do Governo frisou que hoje existe em Cabo Verde uma democracia “representativa e muito prestigiada” no mundo, um pouco do que aconteceu com o 13 de Janeiro, que marca as primeiras eleições multipartidárias no país, em 1991.
“E dentro deste contexto que as liberdades, quer individual, de expressão sindical, de imprensa, económica, tudo isto depois veio a ser consolidado com a Constituição de 1992. Por isso, temos todas as razões para que a nação cabo-verdiana comemore e celebre esta data”, afirmou.
O chefe do Governo sustentou também que “as ameaças à democracia são globais, porque todos dias é visto na comunicação social o que está a passar no mundo, como o extremismo, o populismo, nacionalismo manipulado, imediatismo e a amplificação do fenómeno nas redes sociais
“Daí que todo o país tem que estar acautelado e isto significa que temos que reforçar as nossas constituições e o nosso sistema político e a nossa capacidade de interacção com os cidadãos e a confiança nas instituições e na nossa democracia”, alertou.
Por sua vez, o conferencista e vice-Presidente do MpD, Luís Filipe Tavares, afirmou que o 13 de Janeiro é um marco “importante” na história de Cabo Verde.
“Estamos a falar da restauração da democracia, do Estado de Direito Democrático, das liberdades, da aprovação da Constituição de 1992. Para os cabo-verdianos é um momento de festejar, sem tentativa de apropriação por parte de um e de outros”, assegurou.
A mesma fonte realçou ainda que as datas nacionais devem ser vividas e valorizadas por todos, com sentido de responsabilidade, sobretudo com respeito uns pelos outros e pelo povo e a pela democracia.
O vice-Presidente do MpD acrescentou, igualmente, que para o envolvimento dos cidadãos nestas datas é preciso um discurso político “forte, responsável e inclusivo”, e trabalhar para consolidar e melhorar sempre, e fazer com que o cidadão se reveja nas suas instituições e isso é “um grande desafio que temos pela frente”.