“Neste momento de grande dor e de luto, expresso a Vossa Excelência, em nome do povo cabo-verdiano e em meu próprio, o nosso mais profundo pesar e sentidas condolências às famílias das vitimas e votos de uma pronta recuperação aos feridos” lê-se na missiva enviada na sexta-feira, 3, pelo Chefe de Estado José Maria Neves.
O desastre ferroviário ocorrido na terça-feira provocou 57 vítimas, tendo sido considerado o mais grave acidente de comboios da Grécia.
Poucos dias após o acidente foi divulgado um áudio, no qual o maquinista de um dos comboios envolvidos no trágico acidente era instruído pelo chefe da estação da cidade de Larissa a avançar e ignorar um sinal vermelho.
Segundo o jornal grego Proto Thema, citado pela Lusa, a ordem não soou estranha ao maquinista uma vez que o sistema de sinalização nas linhas ferroviárias tem estado com avarias.
Numa segunda conversa, entretanto divulgada pelas autoridades, o mesmo chefe da estação de Larissa ordenava a um funcionário que mantivesse os dois comboios na mesma faixa.
Durante vários quilómetros, os dois comboios percorreram a mesma linha que liga Atenas a Tessalónica, as duas maiores cidades do país, e acabaram por colidir frontalmente perto da cidade de Larissa.
Inicialmente, o chefe da estação negou qualquer erro dizendo ter sido uma falha técnica, mas, mais tarde, acabou por admitir ter falhado.
A situação obrigou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, a pedir desculpas às famílias das vítimas do desastre ferroviário, depois de vários protestos.