Fernando Elísio Freire, que falava no encontro com as famílias beneficiárias do programa de rendimento social de inclusão no Porto Novo, adiantou que este município, que é fustigado pela seca, tem merecido “muita atenção” do Governo por enfrentar o problema de insegurança alimentar.
Porto Novo, segundo o governante, integra um grupo de municípios que estão no “limiar da insegurança alimentar”, do qual fazem parte ainda Santa Cruz e Ribeira Grande de Santiago, os quais têm sido alvo de “um conjunto acções” com vista a reforçar a assistência alimentar às famílias em situação de pobreza extrema.
Entre as acções destacam-se o programa sobre rendimento social de inclusão que, em relação ao município do Porto Novo, já contemplou, até agora, 1.700 famílias vulneráveis inscritas no Cadastro Social de Inclusão, com a atribuição de um apoio financeiro de 5.500 escudos mensais por agregado familiar.
Em toda a ilha de Santo Antão, o número de famílias beneficiárias deste programa ultrapassa os 13 mil agregados.
Porto Novo está entre os municípios menos desenvolvidos e, por conseguinte, um dos mais afectados pela pobreza extrema, segundo o mais recente estudo sobre índice de coesão territorial feito pelo Instituto Nacional das Estatísticas (INE).
A nível nacional, são cerca de 12 mil famílias em situação de pobreza extrema, segundo o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, que realçou, porém, o facto de este fenómeno estar a ser reduzido em Cabo Verde, graças a “um conjunto de programas” virados para as famílias em situação de vulnerabilidade.
Referindo-se aos mais recentes dados dos INE, Fernando Elísio Freire disse que, entre 2015 e 2022, a pobreza em Cabo Verde reduziu de 35 por cento (%) para 28% e que a pobreza extrema, que em 2015 se situava à volta dos 23%, baixou para 11% em 2022.
Esta redução da pobreza no País é reflexo das políticas sociais do Governo que tem “focado as acções nas famílias que mais precisam”, concluiu o ministro, que se encontra de visita a Santo Antão.