Durante o seu discurso, no debate parlamentar de hoje, o Primeiro-ministro afirmou que "a liberalização do comércio, a liberalização cambial e das operações de capitais, a protecção de investimentos, a abertura ao IDE, a paridade fixa do escudo ao euro, reformas no sistema monetário, financeiro e fiscal e privatizações criaram condições para o desenvolvimento do mercado e do sector privado".
Ulisses Correia e Silva também ressaltou os resultados positivos dessa transição, apontando que o sector privado empresarial representa 82% da Formação Bruta de Capital Fixo e gera 41% do emprego no país.
Além disso, referiu casos de sucesso como a privatização da PROLACT, que resultou na IOGUREL, e a privatização do Hotel Praia Mar, que impulsionou investimentos em outras áreas turísticas do país.
“Privatizações mediante parceiros estratégicos impulsionaram o crescimento e a modernização de sectores como o sistema financeiro (banca e seguros), as telecomunicações e a energia. Caixa Económica de Cabo Verde, privatizada em 1999, modernizou-se e expandiu a actividade. Antes da privatização registava um Resultado Antes de Impostos de 59 mil contos e empregava 99 trabalhadores. Em 2021, registou 1,1 milhões de contos de Resultados e emprega 384 trabalhadores”, apontou.
O Chefe do Governo frisou a continuidade da agenda de privatizações e parcerias público-privadas, mencionando que a agenda inclui a concessão dos aeroportos, reestruturação da AEB - Água e Energia da Boavista, operação pública de venda da Caixa Económica, entre outras medidas para impulsionar o crescimento económico e a modernização de sectores estratégicos.
“O Acordo de Concertação Estratégica 2024/2026 celebrado com os parceiros sociais assume a reestruturação do Sector Empresarial do Estado como uma das medidas integradas nas políticas de crescimento económico sustentável e resiliência”, finalizou.