O governante falava hoje, à imprensa, no Norte da Baía, no lançamento das obras da infra-estrutura que terá uma potência de 5 Megawatts (MW).
“Só esse projecto vai representar poupanças de mais de 2.500 toneladas na importação de combustíveis. Estamos a falar num valor superior a 250 mil contos de poupança anual na importação de combustíveis e contribui também para a redução do custo da energia. Os números aqui contratualizados a custos de electricidade são de 5 escudos por Quilowatt-hora, valor muito inferior ao custo actual de produção de electricidade a partir de combustíveis fósseis, que fica 4 ou 5 vezes mais”, aponta.
Alexandre Monteiro prevê que, com o novo projecto, a nascer no Norte da Baía, a capacidade de produção de electricidade na ilha, a partir de vento e sol, aumente para mais de 40%. O ministro da tutela garante que o objectivo é reduzir o custo de energia na factura de electricidade do consumidor final, mas o valor vai depender de vários factores.
“O impacto é para reduzir, agora não podemos apontar a quantificação porque há vários factores que entram no modelo tarifário, que compete à entidade reguladora independente ponderar e determinar o valor final. Mas é evidente que a sua contribuição é no sentido de baixar, não é só esse projecto, mas todos os outros projectos que estão a ser desenvolvidos a nível nacional. E o caminho é este de facto, reduzir a dependência do petróleo, ficar menos expostos às oscilações de preços internacionais, aumentar a nossa segurança também energética”, refere.
O projecto, orçado em 450 mil contos, é um investimento privado, financiado através de uma emissão de obrigações verdes na Bolsa de Valores de Cabo Verde. A empresa Águas de Ponta Preta e Impulso Solar, uma filial espanhola, são os donos da obra. Damiá Pujol, da APP, garante que está tudo a postos para o arranque dos trabalhos.
“Nos próximos 25 anos temos que ser capazes de ter o retorno do investimento e ganhar algum dinheiro porque somos uma empresa privada. Estamos à espera da licença para ocupar o terreno e os equipamentos principais já estão todos em São Vicente, nomeadamente os painéis fotovoltaicos, estruturas de suporte, inversores eléctricos, a vedação. Portanto, vamos pegar já para ver se até ao fim do ano fica completamente terminada e começar a injectar energia na rede”, afirma.
As obras do Parque Fotovoltaico de São Vicente, construída numa área de aproximadamente 120 mil metros quadrados, arrancam este mês e devem ficar concluídas no final do ano.