Qu Dongyu falava na tarde de sábado, 27, durante o diálogo sobre economia azul, no Centro Oceanográfico do Mindelo, depois de conhecer as políticas e estratégias de Cabo Verde sobre a área, apresentadas pelo director Nacional das Pescas e Aquacultura, Carlos Monteiro, pelo presidente do Instituto do Mar, Albertino Martins, e o desenvolvimento do projecto Nortuna, pelo promotor Luís Rodrigues.
Para o director-geral da FAO, as ilhas têm muitas potencialidades, mas também muitos desafios para ultrapassar.
Qu Dongyu disse ter observado que o cabo-verdiano é um povo “resiliente, teimoso, persistente e determinado”, algo que classificou como um “ponto positivo”. Mas também frisou ser tempo de mudar, porque as novas gerações são mais exigentes e estão mais internacionalizadas.
Qu Dongyu encoraja os ministros do Mar e da Agricultura e Ambiente a convidar cientistas que olhem para o país de formas diferentes, a discutir ideias de desenvolvimento, que não sejam apenas da área da economia azul.
“A economia azul é importante, mas ela deve ser combinada com outras estratégias e recursos naturais além do mar”, declarou no Mindelo.
Por sua vez, o ministro do Mar, Abraão Vicente, disse que Cabo Verde, como um jovem país, tem sempre muito que aprender para mudar a mentalidade e transformar as oportunidades em vantagem económica e ser competitivo.