Trabalhadores da UTA em greve querem a exoneração da reitoria

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,21 out 2021 11:58

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Os trabalhadores docentes e não docentes do Instituto de Engenharias e Ciências do Mar, única unidade orgânica da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), estão em greve. O protesto começou hoje, com a duração de 48 horas.

Os quadros da instituição reivindicam, entre outros pontos, a suspensão da actual equipa reitoral e consequente suspensão de todas as medidas “ilegais” tomadas unilateralmente pela reitora. A regularização da carreira dos funcionários docentes e não docentes, suposta perseguição por parte da reitoria e não instalação de “importantes órgãos de gestão” da instituição são outros pontos que constam do caderno reivindicativo.

Em declarações a imprensa, Luís Fortes, secretário permanente Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (SINTAP), afirma que a mudança na gestão da UTA é uma prioridade.

“Há uma prioridade maior que é gestão da UTA. Há mais de um ano com um caderno de missão para implementação, com um prazo calendarizado, que não foi feito, e isto está a emperrar toda a máquina que já deveria estar a funcionar. Temos quatro demissões, portanto, as equipas não estão completas. Os trabalhos não estão a andar como se faz crer. Esta é uma reivindicação maior, as outras coisas poderão vir depois de a equipa estar devidamente completa e a trabalhar, cumprindo a carta de missão”, explica.

De acordo com o sindicalista “não há condições” para que a actual equipa da reitoria continue em funções.

“Esse é que é o entendimento que temos em representação dos trabalhadores: não há condições para essa reitoria continuar, pelo menos, dessa forma”, assegura.

Números do sindicato apontam que quase 100% dos docentes aderiram ao protesto, bem como cerca de 80% do pessoal não docente. Luís Fortes afirma que a greve foi efectivada devido à falta de resposta às exigências dos trabalhadores.

Em representação dos professores, Emanuel Ribeiro afirma que os docentes pedem uma intervenção urgente do Ministério da Educação e recorda que a Universidade está numa fase política, uma vez que a reitoria foi nomeada em Conselho de Ministros.

“Com certeza, a universidade está numa fase política, ainda não houve eleição, está numa fase de implementação. Então, o nosso recurso é em direcção ao Ministério de Educação que deve ter, neste momento, uma acção política, uma vez que há um descontentamento generalizado. Não sou contra ninguém, não estamos a julgar a competência de ninguém. Estamos numa situação de impasse em que há que haver decisões políticas que ponham cobro a esta situação”.

Os grevistas pedem ao governo que recorra ao regime jurídico das instituições de ensino superior que, no seu artigo 80º, estabelece que “no caso de situações de crises institucional grave, o executivo pode intervir, através da tutela, e tomar medidas adequadas, nomeadamente a suspensão dos órgãos estatutários e a nomeação de uma comissão de personalidades idóneas para a gestão da instituição”.

A reitoria da UTA é actualmente composta por Raffaella Gozzelino, reitora, e por Osvaldina Sousa, pró-reitora. João do Monte Gomes, que tinha tomado posse como vice-reitor, pediu exoneração do cargo em Fevereiro deste ano.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,21 out 2021 11:58

Editado porAndre Amaral  em  25 jul 2022 23:29

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