Carla Carvalho, deputada do PAICV, recordou a greve recente dos trabalhadores docentes e não docentes da UTA e lembrou a não instalação dos órgãos da universidade, assim como o funcionamento efectivo do Conselho de Gestão.
"O governo não pode continuar em silêncio em relação às reivindicações dos profissionais da UTA. Por isso, pedimos ao governo para cumprir os compromissos feitos, para respeitar todos os direitos adquiridos, tanto do pessoal docente, como do pessoal não docente, mas também para exigir, à universidade, à reitoria no caso, o cumprimento dos estatutos da UTA. Mas que cumpra a tempo esses compromissos" avança.
A deputada acrescenta que é necessário publicar a lista de transição, porque os professores estão num vazio.
"Se não instalar o conselho geral, se não instalar o conselho científico, se não instalar o conselho pedagógico, a transparência está em causa, como também a própria qualidade da universidade. É neste sentido, que nós queremos chamar atenção do governo no sentido de não continuar em silencio. Os profissionais estão a exigir, a reitoria vem ao público dizer que está tudo bem, e o governo em silêncio. Inclusivamente o ministro recebeu também essas reivindicações e não se dignou a responder aos profissionais da UTA, professores e funcionários", explica.
Em concreto, Carla Carvalho questiona ainda como é que a universidade pode garantir a qualidade dos cursos, se não tem instalado o conselho pedagógico e o conselho científico.
No passado dia 21 de Outubro, os trabalhadores docentes e não docentes do Instituto de Engenharias e Ciências do Mar, única unidade orgânica da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), efectuaram uma greve de 48 horas. Em causa estava a reivindicação da regularização da carreira dos funcionários docentes e não docentes, suposta perseguição por parte da reitoria e não instalação de “importantes órgãos de gestão” da instituição.