“Ainda este ano lectivo 2022/2023 estaremos em condições de avançar com o arranque oficial”, anunciou o Chefe do Governo, de visita a Santo Antão, durante a qual foi assinado um protocolo para a “instalação provisória” de um polo da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), na Cidade de Porto Novo.
“É um compromisso firme e que tem a ver com a política do Governo relativamente ao ensino superior que associa o conhecimento, a investigação à vocação das ilhas”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
Para o governante, “mais que instalações, o importante são os conteúdos e a excelência do ensino”.
“E ciências agrárias em Santo Antão, por razões óbvias, é uma ilha com a componente agrícola muito forte, ao longo da sua história e tradição, o que faz com que o polo universitário sirva a ilha, mas também Cabo Verde”, acrescentou.
O primeiro-ministro considerou que esta será “uma oferta de qualidade”, que terá “impacto social e económico muito forte”, levando “conhecimento e investigação” com uma “forte ligação com os produtores agrícolas e a classe empresarial”.
“Por outro lado, o ambiente universitário é importante e contagiante para levar alunos de todos os municípios e de outras ilhas a Santo Antão, e quiçá da nossa região mais próxima. Temos condições de criar polos de referência e que agregam valor”, disse ainda.
Concretizando-se a instalação deste polo da UTA, a ilha de Santo Antão, a mais montanhosa do arquipélago e predominantemente agrícola, será a terceira de Cabo Verde a receber o ensino universitário, depois de Santiago e de São Vicente.
“É o mesmo conceito que levamos à ilha do Fogo, associado ao vulcanismo. A intenção é ter um ensino superior de proximidade e mais vocacionado para as potencialidades de cada ilha”, descreveu ainda Ulisses Correia e Silva.
O ministro da Educação tinha anunciado em Janeiro último que o Instituto Superior de Agronomia de Lisboa estava a trabalhar com as autoridades cabo-verdianas na oferta formativa dos primeiros cursos de ensino superior a instalar na ilha de Santo Antão.
“Trabalhamos com o Instituto Superior de Agronomia de Lisboa para nos ajudar a desenhar a oferta formativa em matéria de agronomia e de zootecnia”, disse o ministro da Educação, Amadeu Cruz, no Parlamento.