Irlando Ferreira falava hoje à Rádio Morabeza, após a publicação, em Boletim Oficial, dos novos estatutos do centro, sediado em São Vicente.
“As atribuições são no desenvolvimento do artesanato e do design cabo-verdiano, mas também, numa perspectiva mais ampla das artes visuais, porque com a requalificação do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design vamos ter novos equipamentos, com galerias, museu”, explica.
“A partir do centro será feita uma programação a nível nacional, sobretudo no resgate, preservação e valorização do artesanato nacional, sempre pensando numa perspectiva de futuro e de valorização futura do nosso saber fazer”, garante.
O estatuto dota o CNAAD de personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Irlando Ferreira garante que a reestruturação restitui a dignidade e permite ao centro trabalhar de forma plena.
“Porque já teve um estatuto bastante pujante no período de Manuel Figueira que foi extinto, e agora, além de resgatar essa pujança do antigo centro também cria uma perspectiva para o futuro. Esse diploma irá nos dar uma possibilidade imensa de actuar no sector do artesanato e do design, particularmente”, diz.
No plano de acção 2017/2020 do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, constam vários projectos que vão dar corpo ao sector a nível nacional, entre os quais o de requalificação arquitectónica do centro, o mapeamento e certificação do artesanato nacional já em curso, lojas do artesanato “Created in Cabo Verde”, além da valorização e formação contínua dos artesãos, através da criação dos centros de produção e de formação a nível dos municípios.
O projecto de requalificação arquitectónica do centro já foi aprovado e orçamentado. Está-se na fase do caderno de encargos para, num segundo momento, poderem avançar as obras, orçadas em 50 mil contos.