Abraão Vicente acredita que há muito por fazer pelo potencial cultural do país.
“Acho que a nação percebeu que podemos ter essa perspectiva de Mindelo como centro cultural, como grande pólo a partir de onde podemos projectar arte e cultura de Cabo Verde. Acredito que aquilo que estamos a fazer ainda é muito pouco, devido ao potencial de recursos humanos”, diz.
Segundo o ministro, toda a rede de centros culturais e de arte que o Governo está a construir, em todo o arquipélago, vai passar a beber no CNAD, em São Vicente.
Em breve, todos os muros do edifício vão ser eliminados como símbolo de abertura à sociedade daquele que a tutela classifica de maior centro cultural em Cabo Verde, construído após a independência.
“Acho que na nossa geração este é o maior investimento de um Governo de Cabo Verde no sector da Cultura. Para mim, faz todo o sentido ser aqui em Mindelo”, afirma.
Com as novas obras e novas funcionalidades, o edifício antigo do CNAD passará a ser o espaço museológico Manuel Figueira. O mesmo local albergará um café e uma loja de artesanato. O pátio será multiusos.
O novo edifício, formado por vários pisos, terá galerias e um centro de investigação. O director do CNAD, Irlando Ferreira, acredita que o espaço vai trazer uma nova dinâmica a Cabo Verde.
“A nossa proposta de valor sempre foi posicionar o CNAD em Mindelo, em Cabo Verde e no mundo através de um projecto de excelência e qualidade, e hoje estamos a vê-lo ganhar corpo numa outra dimensão”, realça.
O presidente da Câmara municipal Augusto Neves considera que o centro vai ser uma mais-valia para a cidade e para o país, em todos os aspectos.
“A nível do enriquecimento da cultura, económico, dos profissionais, e é o país que vai ganhar”, acredita.
As obras de reabilitação e ampliação do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design arrancaram hoje. O projecto está orçado em 58 mil contos, e é financiado pelo Governo de Cabo Verde. Os trabalhos devem prolongar-se por 12 meses.