A edição 2018 da Feira Nacional de Artesanato e Design de Cabo Verde conta com a participação de todas as ilhas, sendo que este ano o destaque vai para os municípios da Brava e de Santa Catarina de Santiago.
Também são esperados representantes da Guiné Bissau, Burkina Faso, Egipto, Portugal e Brasil.
O director do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), Irlando Ferreira, em declarações à Rádio Morabeza, destaca o crescimento do evento ,quando comparado com a edição anterior.
“Só não conseguimos acolher mais expositores porque não temos condições para mais. Este ano fazemos a URDI com 144 expositores, houve um acréscimo considerável quando comparado com a edição anterior, que foi um grande sucesso, e este ano criámos condições para receber mais expositores, o que quer dizer que começa com boa perspectiva”, indica.
A programação da URDI, Feira do Artesanato e Design de Cabo Verde, está orientada para a partilha construtiva, fortificada e empreendedora em torno da Arte, Artesanato e Design.
A herança e papel do antigo Centro Nacional de Artesanato na formação artística de hoje em Cabo Verde será o ponto de partida de cada ciclo de conversas.
“As grandes conversas no âmbito da URDI partem sempre do tema base, que é o tema fundamental de cada ano. No ano passado, o tema foi o design, do food design ao design de produtos e outros. Este ano, o foco é a importância do CNA na criação de uma identidade visual cabo-verdiana, ou seja, todas as conversas vão reflectir na importância do CNA, do tempo de Manuel Figueira, Luísa Queirós, Bela Duarte e os outros que fizeram parte deste percurso, deste movimento a que estamos agora a dar continuidade, e a sua influência naquilo que é hoje a identidade visual do país”, sublinha.
Visão integrada para o sector do artesanato e design, importância do Centro Nacional de Artesanato na criação de uma identidade visual cabo-verdiana, CNA na génese da formação artística em Cabo Verde, são alguns dos temas que estarão em debate durante a URDI 2018.
A URDI que vai também distinguir o melhor stand da feira, com o prémio Djoy Soares, numa homenagem ao mestre artesão, falecido em Março deste ano.
A food design também vai marcar presença na Praça Nova, palco principal da feira, através do espaço piquenique. A ideia, segundo a organização, é recuperar a essência do piquenique que faz parte da memória comum, bem como a 'frisquinha'.
Esta edição da URDI está a decorrer, de facto, desde Setembro, com o lançamento do concurso Boka Panu, que teve como objectivo levar os criadores a repensar e a dar nova vida ao emblemático pano di terra. De 34 candidaturas, foram seleccionados 13 projectos.