Quando em 2015 foi nomeada em duas categorias aos Cabo Verde Music Awards (CVMA), em Cabo Verde ainda pouco se conhecia Elaine da Silva e a sua música. Mas a sueca, filha de pais cabo-verdianos, chegou, viu e venceu. Ficou a vontade de mais. Porém, depois do galardão de melhor “Composição Inédita” pelo tema “Mama Africa”, Elaine regressou à Suécia e perdemos-lhe novamente o rasto.
Por onde andou? Por vários lugares. Na verdade esta filha de cabo-verdianos de Santo Antão, nascida e criada em Gotemburgo, mas que já viajou pela Europa,viveu durante oito anos nos Estados Unidos - onde passou dois anos em pequenos shows pelo sul da Califórnia (incluindo uma apresentação na célebre House of Blues) – a seguir em Londres, acabou por se fixar nos últimos anos na Holanda onde foi um dos destaques do Sodade Festival de Rotterdam, em 2016.
Hoje, aos 33 anos, Elaine da Silva considera-se uma nômade, impulsionada a compartilhar suas influências de diferentes culturas e a sua música, que descreve como "uma jornada mágica para o povo cabo-verdiano, com uma pitada de Jazz e um pulsar de Bossa Nova".
Numa entrevista ao Sapo Muzika, em 2015, a artista contava sobre as suas primeiras influências musicais e destacava Sade, Diana Ross, Nina Simone e Cesária Évora como inspiração.
Depois da boa recepção ao seu primeiro single editado a cantora e compositora mergulhou na preparação do seu novo trabalho, o EP “Nos Voz”. O álbum, com sete músicas que revelam uma cantautora surpreendentemente madura, seria lançado em Julho deste ano e temas como “Spim de Rosa”, “Storia de Vida” e “Filha” ganharam o aplauso dos seus seguidores.
Quanto a espectáculos de apresentação do disco em Cabo Verde ainda não há notícias. Por enquanto, será Lisboa a acolher esta refrescante revelação da música de Cabo Verde. Entre outros shows, Elaine da Silva irá apresentar-se a 08 de Dezembro no legendário espaço B.Léza, o palco por excelência da música africana em Lisboa.