A cantora fez estas declarações à Inforpress quando falava do aniversário da morte de Cesária Évora, a rainha da morna e diva de pés descalços, que faleceu a 17 de Dezembro de 2011.
A jovem artista, que se considera “amante da música tradicional”, com destaque para a morna, realça que Cesária abriu as portas do mundo à música de Cabo Verde e que esta data representa a perda física de um dos ícones mais importantes da música cabo-verdiana, cuja obra permanecerá eternamente.
“Sendo eu uma apaixonada pela morna, este dia toca-me de uma forma especial, pois acaba por ser um dia em que se eleva mais ainda o nome de Cesária, por tudo o que fez e representa em mim e no povo cabo-verdiano de uma forma geral”, declara a cantora
“A Cesária, pela forma como interpretava, era como se cada tema fosse único, a forma como ela o sentia e vivia, ela não se limitava a interpretar, ela incorporava cada tema cada vez que cantava e isso fez-me aprender e sentir muito a Morna e comecei a perceber melhor a sua entrega”, afirma Cremilda Medina
Sete anos depois do desaparecimento físico da Cesária, Cremilda Medina diz que a memória da cantora tem sido preservada e valorizada, mas acredita que se poderia fazer muito mais.
"Não basta lembrar-se de Cesária apenas nas datas mais marcantes, como são o dia do seu aniversário ou o dia em que nos deixou fisicamente. Há ainda um caminho muito grande a percorrer no que toca à nossa Morna e em especial à Cesária”, assinala.