O acordo foi assinado no quadro da missão da Organização Mundial da Propriedade Intelectual a Cabo Verde, que decorrerá até amanhã, na Cidade da Praia, e reúne representantes dos escritórios de direitos de autor, representantes das entidades de gestão colectiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e especialistas da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Depois da assinatura, a presidente da SCM disse que a sua associação vai, a partir de hoje, representar seis milhões de obras e mais sete milhões de fonogramas do repertório da ABRAMUS.
“Isso significa que até agora estávamos a defender 100 mil obras e, com esse acordo, vamos defender um catálogo muito maior. Temos a consciência de que a música brasileira é muito ouvida em Cabo Verde. Este acordo reforça o catálogo da SCM de uma forma muito significativa”, cita.
Solange Cesarovna acredita que a assinatura é também uma formar de estreitar os laços de amizade e de apoio com a ABRAMUS.
“É uma oportunidade da nossa entidade de gestão colectiva inspirar e apreender com a ABRAMUS, com as suas melhores práticas, porque entendemos que para ter uma entidade de gestão colectiva forte temos que seguir modelos de sucesso que estão a dar resultado a nível mundial”, sublinha.
Para o director-geral da ABRAMUS, Roberto Correia de Melo, é muito importante esse elo entre as duas entidades de gestão colectivas.
“Acho importante esse elo, não só politico, como tecnológico entre as associações. É importante desenvolver o sistema, a ferramenta e forma de defesa e artilhamento de repertório, para que tenhamos integridade de acção, que se projecte para Cabo Verde, Brasil e outros países”, frisa.
Conforme Roberto Correia de Melo, hoje em dia, os repertórios são muito partilhados. “Temos autores brasileiros que fazem música com autores cabo-verdianos. Isso mostra que essa integração cultural, politica, técnica e social determina o aprimoramento da gestão colectiva do mundo lá fora. É isso que queremos, na defesa dos direitos de autor”.